Silêncio sepulcral do prefeito incomoda – Valdemir Caldas

Silêncio sepulcral do prefeito incomoda – Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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A onda de denúncias envolvendo dois secretários do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, do PT, vem deixando militantes do partido não apenas com uma pulga, mas sim com um elefante atrás da orelha.
 
Mais preocupante, ainda, é o silêncio sepulcral do prefeito, que, em vez de ir fundo na apuração dos episódios, sequer ameaça fazê-lo, comportando-se como se nada estivesse acontecendo.
 
Com isso, o prefeito vai dando margem para que interpretações as mais variadas se construam à sombra de uma crise administrativa que se espraia e deixa poucas alternativas de solução. A cada dia, porém, o governo perde nacos preciosos de credibilidade.
 
A postura do dirigente comunal é, no mínimo, preocupante. Em vez de parar, colocar a mão na consciência e mandar apurar os fatos, o prefeito fecha-se em copas.
 
A vida pública precisa manter-se em ambiente de moralidade, sob a fiscalização continuada do povo. Isso é que preserva e fecunda as instituições.
 
A sociedade reclama mudanças na mentalidade político-administrativa vigente, em todas as esferas de poder. A cabala não pode continuar, impunemente, a usurpar o lugar da moralidade.
 
Os interesses pessoais e os vícios políticos não podem continuar poluindo o regime democrático, pois em nada se coadunam com o bem-estar coletivo.
 
A opinião pública está a exigir do prefeito o total empenho no esclarecimento dos fatos denunciados, não só como forma de dar uma satisfação aos meios de comunicação e aos acusadores, mas para que se não pairem dúvidas sobre a conduta de seus auxiliares.
 
O prefeito precisa mostrar, na prática, que age inspirado no querer do povo e que se não deixa seduzir pela influência negativa de certas aves de rapina que tanto peso revelam possuir nas decisões oficiais, especialmente no campo administrativo.
 
O país vive uma crise moral, resultante do viciado exercício do poder, com a função pública sendo usada como arma política, por seus titulares eventuais, nem sempre dentro da órbita das suas faculdades legais.
 
Há um contraste perverso entre o discurso moralizador do passado recente e a realidade deplorável que temos hoje. É visível e chocante o predomínio de interesses pessoais e de grupos na gestão da coisa pública, o que revela o baixo nível da nossa cultura política.
 
A entrevista do senador peemedebista Jarbas Vasconcelos, publicada nas páginas amarelas da revista Veja desta semana, onde ele diz que muitos de seus colegas de partido “só pensam em ocupar cargos no governo para fazer negociatas e ganhar comissões”, é uma demonstração inequívoca do que acima se afirma.
 

O prefeito Roberto Sobrinho precisa chamar a si a responsabilidade e mostrar quem ainda manda em quem, antes que o barco naufrague. Depois, ninguém vai querer mergulhar para recolher os destroços.

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