Embrapa avança nos estudos de pinhão-manso para produção de biodiesel

Embrapa avança nos estudos de pinhão-manso para produção de biodiesel

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Foto: Divulgação

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Pesquisadores da Embrapa Rondônia realizam esta semana mais uma importante etapa do projeto de domesticação e avaliação do potencial do pinhão-manso para a produção de biodiesel no Estado de Rondônia. Serão colhidos frutos de plantas cultivadas há três anos em duas unidades de observação localizadas no município de Ariquemes. O experimento vai permitir avaliar a produtividade da espécie, o teor de óleo nas sementes, a vulnerabilidade a doenças e ajudar no desenvolvimento de recomendações de cultivo, informações ainda inexistentes no Estado.
Os experimentos com pinhão-manso (Jatropha curcas) pretendem responder a uma série de perguntas a respeito do sistema de produção e de sua viabilidade para a produção de biodiesel. Por possuir alto teor de óleo nas sementes e resistir em condições marginais de plantio, a espécie é considerada uma promessa para a produção de combustível no Brasil e estudos têm sido feitos em todo o País.
Análises em laboratório vão identificar a variabilidade genética das plantas cultivadas na unidade de observação estudada pela Embrapa Rondônia em Ariquemes. É o pontapé inicial para um processo de melhoramento genético da espécie. Até hoje, não existe sequer uma cultivar de pinhão-manso que garanta um plantio seguro, de acordo com os pesquisadores. Por isso, se considera que a planta está em fase de domesticação.
“Entre a planta ter um alto teor de óleo na semente e se fazer uma produção em larga escala existe um grande caminho”, alerta o pesquisador Rodrigo Barros Rocha, da Embrapa Rondônia, coordenador do projeto. Até o final de 2009, os dados colhidos no Estado serão ainda preliminares, mas já permitirão fazer estimativas de colheita, do teor de óleo das sementes produzidas, da variabilidade genética, e preparar recomendações para produção de mudas.
Programa Brasileiro de Biodiesel
Os estudos fazem parte do projeto “Desenvolvimento de tecnologia para a produção de matéria-prima visando à produção de biocombustíveis no Estado de Rondônia”, trabalho coordenado pela Embrapa Rondônia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também fazem parte do projeto a Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados (MS), e a Fundação Universidade Federal de Rondônia. Os estudos são financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Além do pinhão-manso, espécies nativas da Amazônia também são estudadas para a produção de biocombustível, como a pupunha, o babaçu, a andiroba, o buriti e o inajá. As pesquisas vão ao encontro dos objetivos do Programa Brasileiro de Biodiesel, um programa interministerial do Governo Federal que pretende, entre outras coisas, produzir o biodiesel a partir de diferentes fontes oleaginosas e em regiões diversas.
Por determinação legal, é obrigatória a adição de um percentual mínimo de biodiesel ao óleo diesel comercializado no Brasil. Esse percentual, de 2% atualmente, chegará a 5% em 2013, fazendo com que a demanda pelo biodiesel cresça nos próximos anos. O objetivo é reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e desenvolver tecnologias de energia renovável.
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