Sobre a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN - Por Alan Alex

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Foto: Divulgação

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O papel da ABIN é o de proteger o Estado. Ponto. Essa é a função dos serviços de inteligência do mundo inteiro. E deve protegê-lo tanto dos inimigos externos, quanto internos. Não faz o menor sentido a discussão sobre os equipamentos utilizados pela Abin, se fazem ou não escutas telefônicas, se captam ou não áudio ambiental. É hiprocrisia acreditar que inteligência se faz apenas com conversa fiada nos corredores do Congresso ou nos plenários dos Tribunais.
 
Inteligência se faz com tecnologia, com escutas clandestinas e com infiltração. Isso é básico. Qualquer um sabe disso.
 
Os políticos e ministros passam. O Estado é soberano e está acima dessas discussões políticas, feitas por pessoas que em qualquer país sério estariam sendo grampeadas não apenas em seu trabalho, mas também em suas vidas pessoais. Aliás, em um país sério, eles não passariam pelo crivo dos serviços de inteligência. Seriam “convidados” a não aceitarem cargos públicos de primeiro escalão.
 
O que vem ocorrendo no Brasil nas últimas semanas é uma total inversão de valores. A ABIN e a Polícia Federal, além das Forças Armadas estão sendo julgadas por segmentos altamente venais e sem nenhuma credibilidade apenas por terem feito seu papel, que é o de investigar e defender o Estado.
 
Daniel Dantas, Lula, Jobim, Heráclito Fortes e outros não são o Estado. Eles o representam momentaneamente e cá entre nós, uma péssima representação.
 
A ABIN, assim como a PF, precisam ser fortalecidas, principalmente em um mundo globalizado, com a América Latina em crise e o Oriente Médio prestes a explodir. Se o País continuar nesse rumo, estaremos completamente indefesos, já que nossos organismos de inteligência estarão de mãos atadas.
 
Sou favorável ao grampo e a escutas ambientais. Quem não faz coisa errada não tem com que se preocupar. Se tramam contra o Estado, precisam ser neutralizados, presos e responderem pelos seus crimes.
 
A Abin não precisa só de uma mala que faz escuta. Precisa de um microondas, de câmeras com visão noturna e micro-câmeras com fibra ótica. Isso é o mínimo.
 
Esse artigo pode até soar reacionário em um estado democrático de direito, ocorre que o fortalecimento da inteligência é uma ferramenta indispensável para a manutenção dessa democracia. Do contrário, a Abin ao invés de fazer trabalho de inteligência, vai fazer fofoca. E isso, nós já temos em excesso.
 
Autor: Jornalista Alan.alex@gmail.com
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