Notícias da Região Norte - Acre, Amazonas e Roraima
Foto: Divulgação
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ACRE
Justiça determina fechamento de boate
Em decisão proferida no final da tarde ontem, a juíza Maria Cezarinete Angelim, Titular da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, determinou o fechamento da Boate Diesel Pub, localizada em Rio Branco, por desobedecer as normas de seguranças previstas na Lei Estadual 1.137/94.
Por meio de uma ação civil pública, o Ministério Público do Estado do Acre, alegou que a casa noturna não providenciou seu devido licenciamento, e não observou a norma estadual, sobretudo no que se refere ao distanciamento mínimo de 100 metros do posto de combustíveis e a utilização deste com única via de acesso.
O MP afirmou ainda que o proprietário do estabelecimento não cumpriu com o Termo de Compromisso assinado por ele, com a finalidade de adequar o empreendimento às exigências legais no prazo de 45 dias. O termo previa o fechamento do posto de combustíveis durante o funcionamento da boate, a instalação de cones de isolamento, a proibição do consumo de bebida alcoólica, a aglomeração de pessoas no espaço do posto, e ainda a apresentação de Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico.
Diante do pedido de antecipação de tutela proposto pelo MP, fundamentado na possibilidade de ocorrer “dano irreparável” à sociedade, a juíza determinou a suspensão imediata do funcionamento da casa, até que seja julgado o mérito da ação, fixando multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.
AMAZONAS
Historiador da UFAM rememora as marcas traumáticas da Cabanagem
Pouco lembrada pela maioria dos brasileiros, a Cabanagem foi a maior e mais radical revolta social do Brasil, ocorrida entre 1835 e 1840 na província do Grão-Pará, que corresponde à quase totalidade da Região Norte atual. O movimento aconteceu durante o período da Regência e foi encerrado tragicamente, com a morte de aproximadamente 40 mil pessoas.
“Com a revolta, os cabanos subverteram a ordem estabelecida, virando o mundo de cabeça para baixo”, comenta Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro, doutor em História e coordenador do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas, em artigo publicado no primeiro volume da Coleção Amazônia – A floresta e o futuro, especial em três edição da revista Scientific American Brasil, em lançamento pela Duetto Editorial.
A população do Grão-Pará vivia à época uma situação de extrema penúria, resultado da crise nos mercados mundiais no final do século 18 que afetou toda a colônia. Além disso, as lideranças políticas brasileiras reivindicavam um presidente nativo para a província, ainda fortemente dominada por portugueses. Para buscar uma solução, Félix Malcher, político influente, mobiliza seus correligionários e busca apoio nas camadas populares. O presidente da província, Lobo de Souza, ordena, então, a prisão de Malcher e, como resposta, seus aliados invadem Belém a 7 de janeiro de 1835, em uma ação extremamente violenta, que resultou no assassinato das duas maiores autoridades locais e na aclamação de Malcher como presidente.
“A tomada do poder pelos cabanos em Belém amplificou de imediato as ações de rebeldia popular. Grupos armados invadiram vilas e cidades, justiçando pessoas que eram identificadas como antigos algozes da população”, afirma Pinheiro. Escravos chicoteavam seus senhores, índios que haviam sido recrutados à força assumiam as patentes de seus comandantes militares, empregados atacavam seus patrões, numa inusitada inversão de papéis sociais.
Diversas lideranças se sucederam no poder em quatro anos, mas a Cabanagem acabou se desgastando por conta de conflitos internos entre os grupos rebeldes e o segmento conciliador do movimento, o que facilitou a ação das tropas enviadas pela Regência para reprimir a rebelião de forma implacável.
Muitas lideranças brancas foram deportadas para províncias remotas, mas puderam reconstruir suas vidas anos mais tarde. A grande maioria dos cabanos, porém, recebeu castigo mais cruel. “Para a maioria dos rebeldes de origem humilde, o preço da luta pela liberdade foi a morte num fétido porão de navio ou pelas metralhas de um pelotão de fuzilamento”, conclui o historiador.
RORAIMA
Polícia prende assaltantes e recupera moto roubada
Policiais civis e militares do Município do Cantá elucidaram em poucas horas um assalto ocorrido anteontem à noite a uma família que reside na confiança 3 vicinal 2. Dois dos três assaltantes foram presos em flagrante depois de furar um bloqueio policial montado no entroncamento da estrada que liga as regiões da Serra Grande com as Confianças. Os acusados José Ribeiro Gomes, 31, e Helri Cruz Araújo, 24, estavam com a motocicleta Bros branca que haviam roubado das vítimas.
Com a dupla ainda foi apreendido cerca de R$ 200,00 também roubados da família e um revólver calibre 38 utilizado durante a ação. O terceiro bandido, autor de outros roubos, foi identificado com o nome de Clailton de Souza Silva, apelidado de Magrão. Ele acabou reconhecido por foto pelas vítimas e está sendo procurado.
Conforme o delegado Rodrigo Kulay, titular da DPI (Delegacia de Polícia do Interior), Magrão teria fugiu com mais dinheiro e jóias roubados da família assaltada.
Rodrigo Kulay informou que tão logo a notícia do assalto chegou para a Polícia Militar, por volta das 22 horas, militares e civis foram para o local e montaram uma barreira na estrada para impedir que os assaltantes conseguissem fugir para Boa Vista.
“Por volta da meia-noite os dois acusados surgiram com a motocicleta roubada e desobedeceram à ordem de parada. Os policiais fizeram o acompanhamento e um dos agentes pôde ver a placa da moto. As equipes continuaram acompanhando, porém a dupla decidiu se entregar ao perceber que seriam alcançados. Quando eles pararam jogaram a arma no chão e levantaram os braços”, disse o delegado.
José Ribeiro, que já responde na Justiça por furto, e Helri Araújo foram conduzidos para a delegacia, onde foram presos em flagrante. Eles confessaram o envolvimento no assalto e foram entregues na Penitenciária de Monte Cristo.
Uma das vítimas, Luiz Ferreira de Paiva, 52, que é deficiente físico e utiliza muletas, narrou os momentos de terror que ele, a esposa e duas crianças sofreram nas mãos dos assaltantes. Na quinta-feira pela manhã, dois deles estiveram em sua casa, onde também mantém um pequeno comércio, e fizeram perguntas sobre o funcionamento do comércio, entre outras coisas e depois foram embora.
Sem desconfiar de nada, o comerciante disse que conversou com os ladrões e à noite, por volta das 21 horas, os dois elementos e mais um terceiro homem apareceram no comércio e pediram cachaça. Eles ficaram bebendo e anunciaram o assalto. “Foi pelo menos meia hora de terror. Eles fizeram ameaças de me matar e por algumas vezes encostaram a arma na minha cabeça. Depois reviraram a casa e roubaram dinheiro, jóias, um aparelho de som e um celular, além da motocicleta”, informou. Eles ameaçaram voltar para matar ele e seus familiares, caso denunciasse o roubo.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!