A atual situação em que se encontra o Estado de Rondônia causa medo da realidade e total suspense do dia de amanhã. Nunca, em toda a história deste Estado foi registrado um período longo de estiagem tão severo e com impactos largamente vistos pela população local.
Ainda no mês de abril, a drástica redução no volume de chuvas na porção sul-amazônica dava uma breve indicação do que estaríamos por enfrentar meses adiante. De maneira totalmente esporádica, as poucas chuvas que caíram no Estado não supriram à demanda hídrica do solo.
Com isso, os largos rios que todos os anos transbordam gerando enchentes, logo diminuíram sua capacidade atingindo patamares dignos de um período critico de seca, e isso ainda no mês de maio.
Os dias foram passando, as águas baixando e, o que em abril seria então uma breve sinalização feita por muitos, aos poucos foi se confirmando. Começava então, uma grande estiagem em plena região amazônica.
Porto Velho
A imagem da densa bruma ocasionada pelas queimadas na capital Porto Velho é critica. A intensa camada de poluentes fecha o céu por completo, impedindo até mesmo o sol de aparecer por dias seguidos nessa época do ano. Preocupação em dobro com os meios de transporte, aéreo, rodoviário e fluvial.
Na região do baixo Madeira a visibilidade horizontal nas primeiras horas do dia registrada pela Capitania dos Portos está inferior a 1000 metros. Diante de tanta fumaça e agora o fator agravante da seca no rio Madeira, o risco de acidentes é eminente. Diversos são os registros do passado, com acidentes fluviais no canal hidroviário do rio Madeira, decorrentes da falta de visibilidade nessa época do ano.