ARTIGO - Corruptos de lá e de cá - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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“O PT não tinha manchas em sua biografia. Evidentemente essa crise colocou o partido em um patamar diferente. Se algum petista tinha a presunção de dizer que só no PT havia gente honesta e preocupada com a ética, isso acabou”. O autor da frase acima não é nenhum pefelista, nem pertence ao ninho dos tucanos. Trata-se do presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia, do PT de São Paulo. A crise a que se refere Chinaglia chama-se mensalão, um esquema de corrupção montado pelo PT para subornar parlamentares. Tudo isso foi dito e ponderado durante uma entrevista concedida pelo petista à revista Veja, edição de 21 de maio do corrente. Na prática, porém, Chinaglia apenas ratificou o que seu colega Eduardo Cardozo (PT – São Paulo) afirmara recentemente à mesma Veja, ou seja, de que o cristal da ética petista espatifou-se, caiu na vala comum. Por aqui, ainda não mergulhamos nas profundezas do mensalão. Igualmente, não se tem notícia do transporte de dinheiro em cueca, nem da compra de nenhum carro Land Rover (vulgo, Silvinho Pereira). Os falsos moralistas preferem transitar pelo submundo da lucrativa propaganda oficial, garimpar no lixo doméstico (cujo objeto vem sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Estado), passando pelo aluguel superfaturado de banheiros químicos (desde já na alça de mira do competente Ministério Público Estadual), até o pagamento de rega-bofe por prestadores de serviços. Segundo um petista de carteirinha, a festa de aniversário do subsecretário* teria sido paga pelo BMG (bebidas) e pela Ajucel (banda). Isso mesmo, com direito a banda, sim! Na campanha eleitoral passada, muito se falou em mudar o modus operandi da política local, mas, até agora, não se viu nenhuma manifestação concreta nesse sentido. Ao discurso, pretensamente moralizador, raramente se tem seguido ações para torná-lo realidade. Aqui e acolá, ouvem-se idéias e propostas visando à reformulação dos costumes político-administrativos, mas, na pratica, tudo não passa de balela. No fundo, ninguém está nem aí para os problemas sociais, reflexo da penúria moral que caracteriza a nossa classe política, com as devidas exceções. Isso, evidentemente, está elevando o desânimo dos espíritos e tornando surdas as consciências, o que deixa a sociedade revoltada e a opinião pública esfacelada. É chegado o momento de sepultar a vaidade delirante, a prepotência política e a incompetência administrativa, inclusive os políticos arruaceiros. Precisamos avançar na busca de soluções para os intrigantes problemas que temos, especialmente nas áreas da saúde, educação, segurança pública, geração de emprego e renda, do saneamento básico e transporte coletivo, dentre outros gargalos sociais. Num ponto, contudo, Chinaglia está coberto de razão, quando deixa claro nas estrelinhas de sua entrevista que o PT de “cuequeiros e mensaleiros” não tem nada que ver com o PT dos movimentos sindicais. É. Não foi o tempo que mudou. Os petistas (com pouquíssimas exceções) é que não estavam devidamente preparados para ocupar o poder, aqui e alhures.
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