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Amazonas-Mosquiteiros impregnados ajudam no controle da malária
Amazonas-Mosquiteiros impregnados ajudam no controle da malária
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Foto: Divulgação
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Uma alternativa eficaz no controle da malária vem sendo defendida no Brasil desde o fim a década de 90 pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Wanderli Pedro Tadei. São os chamados mosquiteiros impregnados, cortinados de rede embebidos com uma substância química chamada de permetrina, um derivado piretróide.
”Esta alternativa é bastante eficaz no controle do mosquito Anopheles Darlingi, transmissor da malária, pois existe uma barreira física evitando o contato homem com o mosquito e uma barreira química, já que quando o mosquito toca no mosquiteiro, a permetrina ali impregnada penetra no inseto e atinge o sistema nervoso provocando-lhe a morte”, explica Tadei.
Segundo o pesquisador, o mosquiteiro impregnado concentra uma dose de piretróide, um inseticida que veio substituir o DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano). “Por ter doses mais baixas de veneno, ele não faz mal à saúde e são muito eficientes contra os mosquitos”, explica Tadei.
O pesquisador explica também que o tecido do mosquiteiro impregnado é feito de fios de pequenos diâmetros, possuindo assim maior resistência e durabilidade. “Ele resiste às lavagens sem perder a eficácia. Além disto, são mais frescos que o cortinado tradicional”, diz.
Resultados
Este tipo de controle já vem sendo utilizado em muitos países africanos com bastante sucesso ao longo dos anos. Além disso, no Peru este método de controle também mostrou excelentes resultados reduzindo bastante o número de casos da doença.
Um projeto do mosquiteiro impregnado, que reúne além do INPA, o Ministério da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas (FVS-AM) e Fundação de Medicina Tropical do Amazonas FMT-AM, foi implantado em Iporá, no Município de Rio Preto da Eva.
“Os resultados preliminares do projeto, mostram a eficácia desta ação para o controle da malária”, disse Tadei. Segundo o pesquisador, o projeto já está se expandindo para outros áreas do interior do Amazonas, sendo assim uma nova alternativa no controle da malárias e de outras doenças transmitidas pelos mosquitos.
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