ARTIGO - Orgia administrativa: Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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O tema pode até parecer enfadonho, mas não deixa de ser importante, sobretudo porque envolve dinheiro público. Refiro-me à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, no âmbito da Assembléia Legislativa de Rondônia, para investigar o escândalo do Joer. Apesar de o internauta Alcântara considerar a idéia de CPI uma utopia, dado o adiantado estado de putrefação em que se encontra o tecido legislativo (com as minúsculas exceções), por motivos sobejamente conhecidos da opinião pública, a ALE não pode deixar passar em brancas nuvens gesto tão nocivo quanto escarnecedor. O Poder Legislativo não pode fazer vista grossa a mais essa babel praticada com o suado dinheiro do contribuinte rondoniense. Urge apurar e, conseqüentemente, entregar à Justiça os possíveis mentores e beneficiários dessa orgia administrativa. É preciso, no entanto, que a população, as entidades de classe e os movimentos sociais pressionem a ALE, de um lado, e os meios de comunicação dêem mais repercussão às acusações, de outro. Caso contrário, os parlamentares permanecerão no condenável silêncio em que parecem querer manter-se. Por enquanto, não se ouviu nenhum pronunciamento mencionando a possibilidade da abertura de uma comissão para investigar a comezaina. Antecipar qualquer conclusão, que a apuração criteriosa dos fatos indicará, seria açodamento que não recomendaria àquela Casa – dir-se-iam os subservientes. O secretário da Seduc, Edinaldo Lustoza, garante que todas as providências administrativas foram tomadas para esclarecer o caso. Até aí, porém, nenhum reparo. Lustoza estaria apenas cumprindo o seu papel hoje, para, amanhã, não vir a ser acusado de conivente. De parte da ALE, contudo, não se pode dizer a mesma coisa, a não ser pelo fato de querer ver consolidar-se ainda mais no seio da população a perda definitiva do sentimento de cidadania e de grandeza política, exigíveis das sociedades maduras. Não será, jamais, fazendo jogo de cena que a ALE conseguirá credenciar-se ao respeito do povo rondoniense. É preciso mostrar serviço, produzir resultados práticos e duradouros, com reflexos positivos na seara social. Agora, o que deixa qualquer cidadão indignado, é a facilidade que tem essa gente de meter a mão na cumbuca do dinheiro público, como se tratasse de fundos a que tem direito e como se a nomeação de um cargo não representasse mais que a oportunidade de acumular fortuna à custa do contribuinte. Trocando em miúdos: roubar. Os pregoeiros da moralidade pública, com assento na ALE, rápidos no gatilho quando se trata de mexer nos salários, gratificações e benefícios de servidos estatutários da Casa, conquistados ao longo de seguidos anos de labor, precisam entrar em campo, visando esclarecer mais essa lambança com o erário.
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