Amazonas - Água da Amazônia para semi-árido é assunto para futuro, diz Mangabeira
Ao encerrar na última sexta-feira a visita de quatro dias à Amazônia, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, destacou a importância de transformar em ações concretas as intenções esboçadas em seu projeto de desenvolvimento econômico sustentável para a região.
Acompanhado por uma comitiva de secretários ministeriais, cientistas e representantes de órgãos do governo, além do ministro da Cultura, Gilberto Gil, que participou dos dois últimos dias da viagem, Mangabeira recolheu todo tipo de reivindicações e queixas locais, mas não explicou em nenhum momento como poderão ser incorporadas às propostas que já trazia no início da viagem.
Segundo o ministro, há um esforço por parte do governo para transformar a Amazônia em prioridade nacional. O ministro garante que não irá descartar ações anteriores, como as prescritas no Plano Amazônia Sustentável (PAS).
“O país começa a acordar para a centralidade da Amazônia na definição do futuro nacional. Começa a compreender que a região não é retaguarda, mas sim vanguarda, um laboratório onde precisamos e podemos construir políticas públicas e instituições que, adaptadas, terão relevância para todo o país.”
Na entrevista que concedeu à Agência Brasil durante o retorno a Brasília, Mangabeira negou a autoria de algumas propostas polêmicas como a construção de um aqueduto para transportar água da Amazônia para o semi-árido brasileiro e a extensão do modelo de organização do setor produtivo com isenções fiscais adotado na Zona Franca de Manaus.