Leilão do Madeira tem o terceiro menor preço desde 2004

Leilão do Madeira tem o terceiro menor preço desde 2004

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Foto: Divulgação

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O leilão da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, teve o terceiro menor preço desde que foi implementado o novo modelo do setor elétrico, em 2004. Os únicos leilões em que a média para usinas hidrelétricas ficou abaixo dos R$ 78,9/MWh --lance vencedor do leilão de Santo Antônio-- foram os de usinas já existentes, feitos em 2004 (R$ 70,35/MWh) e em 2005 (R$ 67,48/MWh). Nos chamados leilões de energia nova, em que a usina é leiloada antes de ser construída, a menor média de preços para usinas hidrelétricas foi de R$ 121,56/MWh, de dezembro de 2005. Para o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, o leilão de hoje marca a volta das grandes hidrelétricas e sinaliza uma queda no preço da energia elétrica vendida no país. "Se achava que não conseguiríamos produzir energia competitiva, barata no Brasil. O novo modelo começa de fato e de forma permanente hoje", disse Tolmasquim. A usina de Santo Antônio foi arrematada pelo consórcio Madeira Energia (Odebrecht, Furnas, Construtora Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Cemig e um fundo de investimentos formado por Banif e Santander). O leilão durou apenas 7 minutos e teve deságio de 35%. Segundo menor lance O consórcio Investimentos de Santo Antônio (Camargo Corrêa, Chesf, CPFL Energia e Endesa) foi responsável pelo segundo melhor lance no leilão da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, oferecendo R$ 94/MWh. O valor oferecido pelo consórcio ganhador pegou até mesmo o governo de surpresa. "O resultado é surpreendente. Eu era o mais otimista, mas não achei que conseguiríamos chegar a este valor de tarifa", disse o ministro Nelson Hubner. Construção das Usinas A construção da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, deverá começar até setembro, informou nesta segunda-feira o diretor-presidente do consórcio Madeira Energia, Irineu Meirelles, que venceu a disputa. Ele explicou que setembro é o mês limite porque é quando começam as chuvas e, se não forem feitas obras preparatórias até esse período, é necessário esperar até 2009 para começar a construção. Antes do início das obras, porém, o Ibama terá que conceder uma licença de instalação. Meirelles disse esperar que a licença seja concedida rapidamente, já que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) já fez todos a análise da obra para conceder a licença prévia, pré-requisito para a obra ir a leilão. "Vamos tentar agilizar a licença para que possamos dar início à construção o mais rápido possível", declarou. *VEJA TAMBÉM: * NEPOTISMO - Roberto Sobrinho nomeia cunhado para presidir IPAM * Manifestantes contra leilão das usinas percorrem principais vias da capital - Confira foto
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