Superintendente da PF diz que risco de sequestro de autoridades federais na região já era conhecido
Índios mantêm reféns em reserva de RO, entre eles comissário da ONU. Negociações só começam nesta segunda.
Índios Cinta-largas mantêm cinco reféns na reserva Roosevelt, localizada entre os municípios de Espigão d´Oeste e Pimenta Bueno, no leste do Estado de Rondônia. Entre os reféns está o oficial do alto comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) em Genebra, David Martins Castro, e o procurador da República no Estado, Reginaldo Pereira da Trindade.
Segundo o Superintendente da PF (Polícia Federal) de Rondônia, Sérgio Fontes, eles foram sequestrados no sábado(08), ao visitarem a Reserva Roosevelt, onde estão instaladas as aldeias da etnia, a convite da Funai (Fundação Nacional do Índio), no entanto, não avisaram a PF.
Além dos dois, outras três pessoas estão detidas no local um funcionário da Funai, um motorista da prefeitura de Espigão d´Oeste e uma mulher, ainda não identificada.
O risco de seqüestro de agentes federais na região pelos índios já era conhecido, segundo o superintendente da PF em Rondônia. "Era um risco conhecido e não foi a primeira vez que os Cinta-larga seqüestraram agentes federais. Eles reivindicam mais educação, saúde e manutenção da exploração de minerais e diamantes na região", afirmou.
Segundo o superintendente da PF, 35 policiais federais que já estavam na reserva para uma operação, devem permanecer no local para garantir a segurança dos seqüestrados. Um delegado também também foi enviado ao local.
Na segunda (10), um representante da Funai de Brasília ira à reserva para fazer as negociações.