A desocupada Elisângela Pereira Casaródi, 25, presa ontem pela Polícia Civil do Mato Grosso, confessou o rapto de uma criança de um ano de idade no município de Rolim de Moura, região da zona da Mata em Rondônia, no ano de 2004. Segundo ela, a criança tinha apenas um ano de idade e foi vendida a uma família em Portugal por R$ 20 mil.
Elisângela foi presa em flagrante após raptar um garoto de sete meses na cidade de Cáceres, cidade mato-grossense que faz fronteira com Rondônia. A criança foi roubada na quarta-feira e encontrada 18 horas após o rapto e teria o triste fim da criança rondoniense: a Europa.
Junto com Elisângela foram presas suas duas irmãs, Eliciane e Marta Casaródi que, segundo a Polícia também fazem parte de uma quadrilha especializada em tráfico internacional de bebês. As três acusadas são naturais de Rolim de Moura e estavam aplicando golpes no Mato Grosso havia seis meses, segundo informações da Polícia Civil daquele Estado.
Segundo a polícia, as três irmãs trabalhavam em residências com crianças. Eliciane era babá em uma casa com duas crianças, uma com dois anos e outra de 6 meses.
O Crime - Para conseguir a confiança da mãe do menino de sete meses, a secretária Elaine de Oliveira, Elisangela se apresentou de maneira muito humilde acompanhada das irmãs, que representavam o papel de ex-patroas. "Disseram que era pessoa de bem e que não necessitavam mais dos serviços, por isso a indicavam", conta a delegada.
Elisangela trabalhou lá por 15 dias e na tarde de quarta-feira dopou a bisavó do menino com Dramin e Diazepan. Aproveitou o sono da idosa de 72 anos e retirou o menino da casa. Na tentativa de despistar a Polícia ela se mudou de casa.
A mãe do menino, após mais de 10 horas do início do sequestro, lembrou-se de que havia deixado a babá para fazer as unhas em um salão na área central da cidade. A Polícia Civil foi até o local e descobriu que na verdade as três irmãs moravam em um quarto nos fundos do estabelecimento comercial. As investigações continuaram e os policiais descobriram que as três haviam mudado para o Residencial Bahia, alguns metros do salão.
No quarto onde elas estavam foram encontradas diversas roupas de criança, além de uma certidão de nascimento de um recém-nascido.
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