Sindicato diz que política de atendimento constrange clientes e bancários em Rondônia
*Trabalho em salas de auto-atendimento expõe bancários e SEEB já pediu
providências à superintendência do BB
Funcionários do Banco do Brasil das agências Dom Pedro II de Porto
Velho, Ariquemes, Cacoal e Vilhena estão trabalhando, há mais de 60
dias, na sala de auto-atendimento, onde fazem uma triagem dos
clientes, em condições que contrariam uma série de normas e
principalmente o bom senso. A principal queixa é a falta de segurança.
*"Como estamos trabalhando numa sala anterior à porta giratória, só
contamos com o agente de segurança que fica na porta principal do
banco. Sabe-se que o bancário é visado por assaltantes e
seqüestradores, que podem utilizar o funcionário como refém para fazer
um assalto à agência", comenta um dos bancários escalados para o
trabalho.
*Outro problema apontado é que os bancários só contam com uma pequena
mesa para trabalhar, onde ficam instalados os computadores. "Quando o
cliente vai fazer uma assinatura, precisa improvisar um apoio para o
papel, porque na mesa não há espaço nem para isto", relata o
funcionário.
*Outro bancário ressalta que os clientes ficam muito próximos do
bancário, o que contraria uma norma da Organização Mundial de Saúde
(OMS), que recomenda uma distância mínima de um metro entre os
clientes e os funcionários no atendimento ao público.
*Nas agências de Ariquemes, Cacoal e Vilhena as dificuldades são
idênticas com o que acontece aqui em Porto Velho, demonstrando que o
desrespeito ao trabalhador e aos clientes é sistêmico.
O novo sistema de atendimento também atinge os clientes, que ficam em
pé na fila, mesmo no caso dos idosos. Outro inconveniente é a
dificuldade de manter o sigilo do cliente quando há a necessidade de
conferir dados em seu cadastro pessoal. "A gente chama o cliente de
lado e tenta de alguma forma esconder a tela do computador de olhares
curiosos, mas nem sempre isto é possível. A situação constrange o
bancário e também o cliente", lamenta um dos funcionários.
*O Sindicato lamenta a postura unilateral do Banco do Brasil e já
cobrou, através de ofício, nº 079/2006 Pres/Sec Geralde 22 de agosto,
que a superintendência do banco, reavalie as medidas
adotadas.Permanecendo o problema, a diretoria do SEEB deverá tomar
outras medidas, como denúncia do problema à DRT e ao MPT.