Comemora-se, domingo (28), mais uma vez, o Dia do Servidor Público. O Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Porto Velho dedica à data aos que prestam serviços à municipalidade, como também acontece na esfera federal e estadual.
Na oportunidade em que se celebra acontecimento da mais alta relevância na vida do funcionalismo público, a data passou a ter mais significado, à medida que a classe dos trabalhadores assume maiores responsabilidades no funcionamento da máquina burocrática.
À semelhança de ocasiões anteriores, as comemorações que terão lugar domingo, serão profundamente marcadas pela indignação com a apatia de certos dirigentes públicos para com aqueles que conduzem a máquina, refletida nos baixos salários e nas péssimas condições de trabalho.
O clima que predomina, hoje, entre a categoria, nos três níveis de governo, é de revolta e decepção. E isso estará presente em quaisquer festividades programadas. Simplesmente, porque nada de concreto tem sido feito para restituir aos servidores públicos, em sua imensa maioria, o poder aquisitivo que seus salários devem assegurar.
Na Câmara Municipal de Porto Velho, as dificuldades iniciais, próprias a toda administração, antes de servirem à emergência do desânimo e à proliferação de medidas extemporâneas e radicais, estimularam o presidente da Casa de Leis, vereador José Hermínio, a lutar pela implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salários dos servidores, com o apoio de vereadores.
Hoje, o PCCS é uma realidade. E os servidores reconhecem o esforço do presidente para tornar concreta uma antiga e justa reivindicação da classe.
Durante as campanhas eleitorais, ouvem-se, aqui e alhures, promessas de compromissos com os servidores públicos, expulsando cada dia mais para longe os percalços.
Ao contrário do elogio fácil e destituído de qualquer compromisso (comportamento, aliás, próprio de políticos demagogos), o que os servidores deste País exigem dos seus dirigentes é a execução de medidas administrativas duradouras, uma postura amadurecida e uma visão política que não contemple apenas o presente, mas igualmente, enxergue o futuro.
A saudação a todos os servidores públicos, mais que um gesto de compaixão, deve constituir-se na reiteração de um compromisso que os tenha como pedra fundamental – porque sem eles máquina pública nenhuma opera.
Os servidores públicos não querem esmolas, muito menos banquetes, mas, sim, salários decentes, condições dignas de trabalho e habitação, exemplar assistência médica e educação assegurada para si e seus dependentes.