]“Abra a boca em favor do mundo e em defesa dos desfavorecidos. Abra a boca e dê sentenças justas, defendendo o pobre e o indigente.” Provérbios 31:8 e nove.
Diante da escalada do crime que assola os portovelhenses, levando aos lares o pânico e o terror, fiéis das Igrejas Adventistas da capital percorrem ruas de bairros da Zona Leste, sábado último, dizendo um não à violência.
Em cima de um carro de som, um grupo de jovens se revezava na divulgação dos números macabros da violência. Em baixo, membros da Igreja distribuíam folhetos e revistas aos transeuntes, enfocando o problema da criminalidade e os males causados pelas drogas.
A obrigação de todos é não somente protestar, mas sim de exigir das autoridades responsáveis pela segurança pública uma tomada de posição enérgica contra as mais diferentes formas de violência.
Não é mais possível tangenciar diante do problema, cedendo terreno pelo silêncio que se pode confundir com omissão e covardia, frente aos facínoras (cada vez mais ousados e atrevidos) que tripudiam sobre os direitos da sociedade, deixando-a intranqüila.
Os marginais não respeitam ninguém: a justiça, as leis e as polícias. Os assaltos ocorrem à luz do sol, com as vítimas sofrendo as mais repulsivas humilhações.
A população vem sendo atrozmente agredida pelos seus inimigos sociais. Torna-se urgente responder a essa gente com todos os meios e métodos colocados ao dispor da polícia e da justiça.
Ninguém possui garantia de vida, seja na rua, em casa ou no trabalho. Todos, sem distinção, são presas fáceis do banditismo.
Se fosse legalmente permitido, muitos andariam com uma metralhadora a tiracolo. Mas apenas os criminosos têm o privilégio de usar e abusar desse e de outros instrumentos da morte, manejando-os, diariamente, contra a população indefesa.
Porto Velho transformou-se não numa espécie de vestíbulo, mas no próprio inferno, o império de satanás, onde o que predomina, naturalmente, é a lei do mais forte contra o mais fraco.
As autoridades precisam voltar as suas atenções para o problema e dá-lhes a mesma prioridade e atenção por vezes concedida a assuntos muito menos relevantes.
O que se não pode conceber, o que não é mais possível tolerar é que a marginalidade continue tripudiando sobre a sociedade, sem que se sinta da parte de quem de direito a menor palavra ou gesto de preocupação.