ARTIGO - ATO VERGONHOSO - Por: Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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A vigilância do Ministério Público do Estado de Rondônia, no que concerne ao combate ao nepotismo (conduta altamente lesiva aos interesses do erário), mostra que nem tudo se pode considerar perdido na prática do zelo ao patrimônio público. Como resposta àqueles que costumam afirmar que neste país tudo acaba em pizza gigante, a ação moralizadora do Ministério Público, fulminando a parentela de políticos e governantes, encastelada em setores estratégicos da administração pública, pouco se importando com os prejuízos causados ao tesouro, é bem reveladora de que não se deve perder a esperança. Graças a isso, em várias prefeituras e câmaras municipais do interior do estado, prefeitos e vereadores foram compelidos a mandar mais cedo para casa protegidos e apadrinhados. A exceção, no entanto, ficou por conta da capital, onde tudo continua como dantes. O prazo de sessenta dias, estipulado pelo Ministério Público, para a execução da faxina familiar, parece não ter fim. Parentes de políticos e autoridades continuam exercendo cargos no serviço público municipal, como se nada estivesse acontecendo, numa afronta inominável à recomendação do Ministério Público, o que chega a ser espantoso. O caso do Coordenador Financeiro do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Públicos do Município de Porto Velho (Ipam), que todos sabem ser cunhado do prefeito Roberto Sobrinho, é emblemático. É claro que essa situação não aconteça apenas no Ipam, onde são rotineiras as nomeações*, ao arrepio da proibição. Também as secretarias municipais estão impregnadas. Falta espaço para acomodar tantos assessores e diretores. Nessa modalidade, Sobrinho conseguiu superar seu antecessor. Surpreendentemente, parte da Assembléia Legislativa a notícia de que deputados se estariam mobilizando para mudar a lei do nepotismo e, destarte, garantir o emprego da parentela, contrastando com o que vem acontecendo no município de Vilhena, onde vereadores se preparam para derrubar o veto aposto pelo prefeito Marlon Donandon ao projeto que proíbe a contratação de parentes para cargos públicos. Insensíveis ao que acontece ao seu redor, os senhores deputados parecem não se aperceber das graves conseqüências que poderão advir dessa conduta irresponsável e mesquinha para com os recursos públicos. Tal comportamento mostra-se eticamente condenável, estéril e nocivo aos interesses da população rondoniense. Em vez disso, deveriam, os representantes do povo, nesta hora grave, concorrer com o seu devotamento à causa pública e à sua abnegação cívica para tornar possível ao estado de Rondônia o acesso aos caminhos de um futuro promissor. O Ministério Público precisa, mais uma vez, entrar em ação para estancar no nascedouro essa comezaina.
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