*Mais de mil servidores estaduais de várias secretarias participaram de assembléia geral, realizada na manhã desta terça-feira, na sede do SINTERO, em Porto Velho, com a finalidade de discutir estratégias de mobilização para exigir o pagamento da ação do Iperon. A assembléia foi convocada pelos sindicatos SINTERO, SINDSAÚDE, SINSEMPRO, SINDLER, SIMPORO, SINSEPOL e SINDER.
*Os servidores pedem urgência na devolução do dinheiro descontado ilegalmente pelo Iperon nos contracheques, no período entre 1993 e 1998. Os sindicatos já ganharam ação na justiça para que o dinheiro seja devolvido, mas o Ministério Público entrou com ação solicitando a suspensão do pagamento.
*O que revolta os servidores é que o dinheiro saiu dos salários, não pertencendo, portanto, ao fundo de previdência do Iperon. Outro questionamento feito pelo funcionalismo, é quanto ao fato de que várias categorias já receberam a ação sem que houvesse qualquer questionamento do Ministério Público.
*Os servidores, principalmente da educação e da saúde, acreditam que existe uma interferência do Executivo estadual na suspensão do pagamento, visto que o governo do Estado vem prejudicando o funcionalismo de várias formas.
*O advogado Hélio Costa, autor das ações judiciais, compareceu à assembléia e explicou como é a tramitação dos processos na 1ª e na 2ª Varas da Fazenda Pública de Porto Velho. Segundo ele, os processos estão prontos para receber a decisão final dos respectivos juízes. ?O dinheiro já está depositado em juízo, bastando apenas a decisão da justiça para que seja liberado para os servidores?.
*Os presidentes dos sindicatos autores das ações discursaram e explicaram aos servidores que o pagamento agora só depende da justiça, embora ?forças ocultas? não queiram que o dinheiro seja devolvido.
*João Duarte Pereira, presidente do SINTERO, denunciou aos servidores que alguns adversários políticos do SINTERO chegaram a percorrer escolas informando que o pagamento não vai sair. Ele acredita que alguns oportunistas esteja aproveitando a proximidade da eleição sindical para tentar ludibriar os trabalhadores em educação.
*Os servidores voltam a se reunir, em data a ser marcada, para reiniciar as manifestações públicas, caso o pagamento não seja liberado nos próximos dias.