Muita chuva e ferroadas de arraia no festival de praia de Jacy

Da Redação

11 de Setembro de 2007 às 09:35

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Muita chuva e ferroadas de arraia no festival de praia de Jacy

Foto: Divulgação

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*Foto-legenda - Público que prestigiava a banda Leão do Norte, que animava a festa ** Muita chuva e ferroadas de arraia no festival de praia de Jacy O festival de praia de Jacy-Paraná, realizado pela Secretaria Municipal de Esportes (Semes), no período de 8 a 10 de setembro, este ano deixou a desejar. Chuva em pleno verão amazônico, reclamação dos barraqueiros, acidentes com arraias foram alguns dos agravantes que fizeram com que o festival deixasse muito a desejar para banhistas e comerciantes. *O distrito que fica a 86 km da capital recebeu pouco mais de 600 turistas de Porto Velho. A grande maioria de participantes era de pessoas residentes em Jacy e fazendas das adjacências. Na noite de sábado e na manhã de domingo 20 ônibus chegaram no local para levar mais turistas. Um dos coletivos tinha a inscrição de “Especial Semusp”. *Os barraqueiros que compraram espaços da Semes para comercializar comidas e bebidas reclamaram para a reportagem da total falta de organização e compromisso com o combinado por parte dos realizadores do evento. *Segundo os comerciantes, foi paga uma taxa de R$ 150 por barraquinha ( madeira coberta com lona preta, piso de areia, usando água do rio para cozinhar) para a Semes, com o compromisso da secretaria de que dentro da área da festa não entraria comida, nem bebida. Não foi o que aconteceu. Todos os que chegavam de ônibus, traziam sua farofa e bebida. Os comerciantes reclamaram. Nada foi feito para resolver a pendenga. *O casal Shirley e Cláudio comprou uma barraca da Semes para vender comida. Disseram para a reportagem que nunca mais caem no conto da Semes. “Não vendi nada, só chove. Me senti lesada, quem paga meu prejuízo agora, São Pedro?” disse Shirley. *Aline Rosa Cardoso também reclamou da organização da Semes. Segundo Aline, seu prejuízo soma R$750. “Fiz um estoque de alimento, está tudo encalhado” mostrou a comerciante, de lado do frezzer com mercadoria até a tampa. * “Também fui obrigada a vender a cerveja Cristal que ninguém bebe. Tá tudo aí no chão. Enquanto isso, o pessoal vem de fora vender Skol” falou Aline e completou “hoje é domingo, uma da tarde, em três dias vendi R$350,00” . *A reportagem não encontrou ninguém da vigilância sanitária na festa para checar as condições de preparo de alimento que foi servido ao público. *ACIDENTES *A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros deram total suporte para a festa. Uma delegacia móvel também foi instalada pela Polícia Civil para o festival. Segundo o capitão Leal da Polícia Militar, comandante da operação, não foi registrado nenhum caso relevantes, apenas os usuais em local com muito consumo de álcool. * “Apenas duas mulheres foram agredidas por seus companheiros. Uma teve o nariz estourado com a porrada, mas depois de medicada, não quis registrar ocorrência contra o homem, disse o capitão. *O Corpo de Bombeiros teve mais trabalho. Dois afogamentos foram detectados e as vítimas foram salvas. Um na sexta, outro no sábado, confirmou o tenente coronel Caetano. Segundo o bombeiro, na sexta, o cabo Servanildo teve que fazer uma intervenção de respiração boca a boca para salvar uma banhista. *Também dois banhistas foram vítimas de ferroada de arraia. Ambos foram prontamente atendidos pelos bombeiros.”Uma das vítimas se contorcia de dor, a ferroada é muito dolorida e pode matar”, alertou o coronel. *A Secretaria de Esportes prepara agora mais um evento. O tradicional festival de praia de Fortaleza do Abunã. Nada de esportes, mas muita festa regada a álcool espera pelo porto-velhense.

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