Padre Enzo refuta carta denúncia e advogada registra BO por calúnia e difamação

Uma carta denúncia protocolada no Ministério Público do Estado na semana passada por uma pessoa que se diz chamar Mário de Oliveira, fez uma série de acusações contra o padre Enzo Mángano, que procurou a reportagem do Rondoniaovivo.com para prestar alguns

Da Redação

21 de Agosto de 2007 às 17:17

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Padre Enzo refuta carta denúncia e advogada registra BO por calúnia e difamação

Foto: Divulgação

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*Uma carta denúncia protocolada no Ministério Público do Estado na semana passada por uma pessoa que se diz chamar Mário de Oliveira, fez uma série de acusações contra o padre Enzo Mángano, pároco da Paróquia São Thiago, localizada na rua José Amador dos Reis, no bairro JK 1, na Zona Leste de Porto Velho. *A paróquia é um dos centros ecumênicos e de graça social que tem mais destaque na capital, inclusive com uma importante contribuição cultural por possuir o segundo maior presépio já feito no mundo, considerado também o primeiro e maior do Brasil, incluindo o Museu Internacional de Presépios, que conta com presépios doados por vários artistas do mundo, e é uma das atrações turísticas do Estado. *O padre Enzo em visita a redação do site refutou as “denúncias” que foram apresentadas ao Ministério Público e disse que tudo não passa de mentiras, de falsas ilações provocadas por um grupo de pessoas que não concordaram com a saída do Neocatecumenato, que é um movimento católico onde, segundo a teologia, buscam abrir um caminho de iniciação ao Batismo, para fazer o que significa ser “Cristão”. *De acordo com o padre Enzo, que estava acompanhado de seu auxiliar administrativo (citado na carta-denúncia como “tesoureiro”), Leonilson Souza Félix, esse grupo foi afastado da paróquia conforme ordem do bispo Dom Moacir Grecchi, que acatou um pedido do pároco. Esse afastamento, inclusive contraria uma das diretrizes do grupo, que diz respeito ao fato dessa comunidade nascer e desejar permanecer dentro da paróquia, com o pároco para dar os sinais de fé, amor e a unidade, o que, com o desenrolar da situação, acabou gerando um conflito interno dentro da própria paróquia. *Leonilson esclareceu à reportagem que o grupo foi afastado devido a rigidez das atitudes de seus membros, que queriam criar uma espécie de igreja dentro da igreja. Segundo os dois até mesmo pela doutrina de seus seguidores que tentaram impor certas atitudes que pareciam desfazer as celebrações da comunidade, até mesmo se auto-excluindo da vida eclesial, se abstendo das tarefas sociais e dos aspectos coletivos da fé, que são empregadas com afinco dentro da paróquia de São Tiago. *Padre Enzo disse que a pessoa que apresentou a carta-denúncia, Mário de Oliveira, não existe, mas que ele desconfia de algumas pessoas, preferindo não citar à reportagem, mas esclareceu que foram passados à advogada Jéssica Peixoto Cantanhêde, que está cuidando do seu caso. *De acordo com ele há dois anos que esse mesmo grupo vem tentando acabar com a sua reputação, mas não encontra respaldo na igreja e nem na comunidade da zona Leste. *O Pároco lamentou o fato de estar precisando de serviços advogatícios para responder o que ele chamou de denúncias caluniosas e infundadas. Padre Enzo inclusive rebateu veemente uma das “denúncias” sobre a suposta cobrança “excessiva” pelo uso das quadras. Ele disse que existe a cobrança de uma taxa de manutenção das mesmas, e que a única coisa que as quadras receberam do poder público foi o “piso”. “Entregue oficialmente no dia 24 de maio de 1995 pelo então prefeito José Guedes”, disse o pároco. “Com o dinheiro que cobramos do uso das quadras nós construímos a cobertura, a cerca, ampliamos o espaço, mantemos a limpeza, tudo aplicado na sua manutenção e reformas, ou seja, o dinheiro ali empregado é revertido em benefício para a comunidade que freqüenta aquele espaço”, lembrou ele. *Leonilson disse que um dos custos das quadras é a constante troca de lâmpadas, próprias para aquele tipo de ambiente e que custa caro, e mesmo o camarim e o palco são mantidos com as taxas de uso das quadras. *MANIFESTAÇÃO POPULAR *Na última quinta-feira (17) na quadra da igreja foi realizada uma assembléia popular, com a presença do bispo Dom Moacir, para pedir que o padre Enzo permanecesse na paróquia São Thiago como pároco. Mas seguindo os desígnios da própria igreja, padre Enzo deve assumir a paróquia de São João Bosco, no bairro Liberdade, na capital, no próximo mês. *Leonílson não soube informa o número aproximado de pessoas que participaram da manifestação, mas ele ressaltou que o ginásio da paróquia lotou e muita gente da comunidade se manifestou pela permanência do padre, valorizada principalmente com apresentação de depoimentos espontâneos. *A zona leste é considerada pela estatística da Polícia Militar como o mais violento ponto da capital. *Vale ressaltar que padre Enzo não esteve presente na assembléia popular e a última missa que ele irá realizar na paróquia São Thiago será no dia 27, próximo domingo, às 19h30. *AÇÃO JUDICIAL *A advogada que acompanha o caso do padre Enzo Mángano, Jéssica Peixoto Cantanhêde, informou à reportagem que os autos em relação à carta denúncia apresentada no Ministério Público não foram distribuídos, e que no caso, ela deve registrar um Boletim de Ocorrência no 8º DP por injúria, calúnia e difamação, e deve entrar com um pedido de Direito de Resposta em um site da capital que publicou matéria baseada na carta denúncia e que, segundo padre Enzo, não foi procurado em nenhum momento para dar a sua versão dos "fatos" relatados na carta-denúncia.

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