Falso dentista escapa de flagrante da operação ?obturação? da PF e do CRO/RO - Foto

*Foto/legenda: *Local onde, possivelmente, ocorria os atendimentos clandestinos * * Acusado da prática ilegal da Odontologia, Raimundo Paulo Prado, residente no Bairro União da Vitória em Porto Velho, livrou-se do flagrante por não ter, no momento da busca em sua residência, feita pela Polícia Federal, fiscais do Conselho e Inspetores da Vigilância Sanitária estadual, equipamentos que comprovassem que o mesmo estivesse realizando procedimentos odontológicos somente permitido por lei, a quem possui o curso de nível superior em Odontologia. * A operação ?obturação?, da Polícia Federal juntamente com fiscais do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia ? CRO ?RO e membros da Vigilância Sanitária Estadual foi desencadeada atendendo a uma denúncia feita por Raimundo Passos, a Polícia Federal, Procuradoria da República em Rondônia e CRO-RO, de que ao procurar o acusado para colocar uma prótese dentária (dentadura móvel) este, após avaliação disse que era necessária a extração de ?um dente para melhorar a colocação da prótese. O serviço de extração demorou além do esperado pelo requerente?. * DENÚNCIA *O documento a Polícia, a Procuradoria da República e Conselho relata que o ?doutor Paulo? havia extraído dois dentes, pois estavam entrelaçados e foi impossível salvar o outro. O denunciante informou ainda que o acusado pegava os instrumentos dentários dentro de uma caixa de papelão. Como passou à noite com dores, a vítima foi novamente conversar com ?doutor Paulo? . Este explicou que haveria necessidade de extrair mais dois dentes para sanar o problema. Certo de que estava diante de um charlatão, R, procurou mais uma vez o prático e este o receitou ampicilina para tomar quatro comprimidos de 6x6 horas. Porém a medicação não surtiu efeito. * PROFISSIONAL * Ao procurar o cirurgião-dentista Paulo de Tarso Nery, para verificar sua situação, a vítima foi informada de que a arcada dentária ?estava seriamente danificada?. Segundo o cirurgião-dentista Nery, ?a infecção se generalizava pela boca e era necessário impedir o seu prosseguimento. Uma enorme ferida, decorrente da extração dos quatro dentes , permitia ver os ossos da arcada dentária, uma vez que não fora suturada. Havia na fenda, pedaços de ossos e dentes visíveis a olho nú?. Especialista em buco-maxilo-facial o profissional procurou estancar a hemorragia. Ele disse ainda que a medicação prescrita naquela dose poderia levar o denunciante a óbito. * ?As extrações de vários elementos dentais, em duas sessões distintas, provocaram hemorragia, fratura do osso malar e fratura de raízes dentais. O paciente apresentou-se com infecção generalizada, osso exposto, mucosa bucal lesionada eedema com dor aguda?, este foi o diagnóstico apresentado pelo profissional da Odontologia. Para aliviar as dores e melhorar o quadro clínico do agora paciente, doutor Nery realizou duas sessões cirúrgicas: uma para realizar uma plástica intra oral para o fechamento da aberrtura óssea e a segunda para retirar fragmentos ósseos e restos dentais abandonados?. * CONSELHO DE ODONTOLOGIA * A presidente do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia, cirurgiã-dentista Sandra Menezes, lamentou o caso e disse que as pessoas humildes, buscam a estes charlatões sem qualificação por pensar que vão ser atendidas por preços accessíveis. ?As vezes o barato sai muito caro? e como sai, observou. O acusado, apesar de ter sido encontrado dentes na lixeira de sua casa e indícios de que realmente teria atendido como se profissional fosse, não foi preso pela Polícia Federal por exercício ilegal da profissão, em virtude de, possivelmente ter se livrado dos equipamentos que utilizou para a prática delituosa. * Ele mesmo comprovou aos policiais federais, fiscais do Conselho e da Vigilância Sanitária de que havia feito, dias antes, uma obturação ?em um rapaz que estava com o dente doendo e pediu-me se eu podia melhorar sua dor?. *BIOSEGURANÇA * O inspetor de Vigilância Sanitária, Clemente Cantanhede disse que quem não tem conhecimento de biossegurança pode comprometer o trabalho e a saúde do paciente. Porque não sabendo de cuidar, ocorre a infecção cruzada. O mal profissional pega pinças e outros equipamentos sem esterilização, contrair e repassar doenças infecto-contagiosas, como a hepatite, AIDS, HTLV I e II e Herpes.

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