Clientes esperam mais de quarenta minutos atendimentos na rede bancária estatal e particular em Porto Velho
*Somam centenas os telefonemas à reportagem denunciando descumprimento do limite de trinta minutos nas filas dos bancos estatais e particulares para atendimento.
* Enquanto banqueiros multiplicam os lucros milionários, a cada segundo, cobrando as mais variadas taxas e serviços, humildes trabalhadores, estudantes, aposentados, idosos, grávidas e pessoas doentes sofrem tortura psicológica ou “massacre” durante a longa espera nas agências bancárias.
* É o que acontece em Porto Velho. A Câmara Municipal estabeleceu o limite de tempo nas filas dos bancos, mas que parece não reunir moral ou legitimidade jurídica para exigir do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Banespa, Bradesco e outros o cumprimento da legislação municipal. O péssimo atendimento, principalmente nos dias de pagamentos da União, Estado e municípios, é agravado por ironias de funcionários contra pessoas doentes.
*Hoje (19/06/2006) a reportagem constatou um exemplo de “massacre” no banco Itaú: Um cidadão, com três cruzes de malária falsiparum pediu para ser atendido fora da fila porque precisava ir buscar medicamentos no Centro de Medicina Tropical-Cemetron. *Uma das “moças” do atendimento afirmou o seguinte: “São os que estão na fila que decidem se o Sr. vai ser atendido antes ou ter preferência”. Não havia nenhuma mulher grávida, nenhum idoso, nenhuma pessoa portadora de deficiência na fila do Itaú. A reportagem questionou a uma das “gerentes”, identificada pelo nome de “Liz Cristina” qual o procedimento para atendimento de pessoas doentes. Ela respondeu: “Só damos preferência aos idosos e grávidas”. Sobre a pessoa contaminada com malária explicou: “Não damos preferência porque nunca vivenciamos a situação”.
*Uma cliente do banco comentou à reportagem: “Elas fazem isso com o Sr. porque ainda não adoeceram. Ficam sentadas em cima do bem-bom, macio e no ar-condicionado. Aliás, essas “dondocas”, "patricinhas" somente sobem nos coqueiros quando querem tomar água de coco. Mas Deus vê tudo e não dorme”, disse.
* Um cliente do Banespa denunciou: “Além das alta taxas cobradas para emissão de extratos, saldos e outros sem explicações convincentes, um dia desses esperei mais de cinqüenta minutos na fila para pagar um Documento de Arrecadação Fiscal-Darf, código 6602, no valor de R$ 2,06. Isso é uma vergonha. É tirar o precioso tempo das pessoas”. Concluiu.