Iperon diz que: Sintero prejudica seus próprios associados

Iperon diz que: Sintero prejudica seus próprios associados

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Foto: Divulgação

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Milhares de servidores da Educação estão sendo prejudicados pela decisão do Sintero em não aceitar a proposta do governo para o pagamento dos ?atrasados do Iperon?. Trata-se do desconto indevido feito nos contracheques dos servidores durante a década de 90 e que a Justiça reconheceu como sendo um direito líquido e certo.

O Iperon reuniu-se com todos os sindicatos de servidores desde setembro e, em dezembro de 2004, concordou com uma proposta de parcelamento em até 24 meses da dívida com servidor. Os sindicatos aceitaram um deságio de até 15% sobre o total da dívida, que hoje alcança R$ 76 milhões, para viabilizar o início dos pagamentos, que devem ser feitos em 21 parcelas mensais sucessivas.

Já a diretoria do Sintero, menos de 24 horas depois de aceitar a proposta em audiência na 1ª Vara da Fazenda Pública, em Porto Velho, voltou atrás e pediu o bloqueio das contas, que deve ser derrubado em segunda instância, quando o processo for remetido aos desembargadores do Tribunal de Justiça. Enquanto isso, mais de 1.800 filiados ao Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinsepol) em todo o Estado já estão recebendo os valores correspondentes. ?Esta proposta foi construída num grande acordo e foi a melhor saída. Claro que queríamos o pagamento integral, e à vista, mas prevaleceu o bom senso e, de nossa parte, acreditamos que os filiados ao sindicato obtiveram uma grande vitória?, explica o presidente do Sinsepol, Cícero Moreira, que cumpre o segundo ano de seu primeiro mandato.

Já entre os filiados ao Sintero, a insatisfação é crescente. ?O Sintero precisava ter dado a chance para que nós, servidores, optássemos se queríamos ou não a proposta do governo. Agora, acabamos ficando sem nada. Não é porque o sindicato desconta 21 reais no meu contracheque que ele tem o direito de decidir sobre uma coisa tão importante, que diz respeito à vida pessoal de cada servidor?, desabafa a advogada Karina Vilar, lotada na Seduc em Porto Velho.

Outros servidores já se preparam para contestar judicialmente os atos do Sintero. Fontes ouvidas dentro do próprio sindicato informam que uma das razões da discórdia são os honorários em jogo, e também a sucumbência, que devem carrear alguns milhões de reais para os cofres da entidade.

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