*Hoje é comemorado o dia Internacional da Mulher. Data criada em 1910 após uma conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca. Conseqüência da morte em 1857 de cerca de 130 mulheres, em uma fábrica têxtil de Nova Iorque. Elas morreram queimadas. Essas mulheres haviam entrado em greve e reivindicavam redução do horário de trabalho de mais de 16 horas por dia para 10 horas e salários justos, pois ganhavam menos de um terço do salário dos homens.
*Nos sindicatos, comissões e secretarias especiais dedicadas às mulheres, nessa data muito se questiona a evolução dos direitos femininos e como ainda deve-se lutar para que elas tenham direito à igualdades sociais e reconhecimento das dificuldades de relacionamento de gênero, numa sociedade “machista”.
*Neste artigo, faz-se uma singela homenagem às mulheres guerreiras, detentoras da dádiva de gerar “outras vidas”, pois imagine uma mulher que tem uma vida agitada e de repente... novidade: ela está grávida!
*Aquela vontade, às vezes oculta, de sentir-se verdadeiramente mulher está ali, se realizando com a maternidade. Que coisa maravilhosa! Assim pensam muitas mulheres. Mesmo quando a gravidez não é programada, ao longo do tempo, aquela criança se torna mais do que esperada.
*A sua vida muda, seu ritmo é outro e aí as conseqüências dessa dádiva, que é manter aquele pequeno ser no seu ventre, são as mais diversas: o corpo começa a mudar; ganha-se peso; a instabilidade emocional é muito grande na maioria das mulheres: choro com facilidade, mau humor, irritabilidade, etc; inchaço dos pés, câimbras, cansaço, dores na coluna, dores de cabeça, enjôos ... e tantos outros incômodos.
*Mesmo grávida ela deve continuar a ser a empresária, a dedicada funcionária, a mulher, dona de casa, amante, amiga, companheira, confidente e... se mudar, a cobrança é grande em casa quando elas têm companheiros.
*Como pode, passar por tantas instabilidades e ainda manter-se forte! E olha que ainda terá que sofrer as dores do parto, a possível cirurgia, amamentar, passar noites sem dormir e aumentar sua preocupação, afinal, agora ela é mãe e tem um bebê que depende muito dela. É preciso pensar no futuro também, na sua alimentação, educação, bem estar, saúde, etc.
*A maternidade é um presente para as mulheres. Só elas sabem o que é passar por essa fase. Mesmo que os homens “achem” que compreendem o que sofre uma mulher grávida, eles não têm toda a sensibilidade para saber o que é sentir o bebê mexer no seu ventre e todos os demais efeitos colaterais do período gestacional. Tudo isso mexe muito com a cabeça das mulheres.
*Deve ser por isso que elas, em geral, têm grande sensibilidade, alto grau de percepção, organização, capacidade de resolver conflitos delicados, inteligência, sabedoria e paciência. Elas escutam, elas se calam para não aumentar um conflito. Elas são Verdadeiras guerreiras! Elas já vêm preparadas para ser mãe, e no momento certo, sentirão toda essa metamorfose.
*Assim são muitas mulheres, e elas sofrem no seu dia-a-dia porque são incompreendidas. Elas querem apenas carinho, respeito, reconhecimento pelas dificuldades que passam, principalmente nos momento mais delicados.
*À “elas” nossos parabéns! Não só hoje, mas sempre! Parabéns mulheres guerreiras! Afinal o que seria dos homens se não fossem as mulheres?
* A autora é jornalista.