*O 8 de março é uma data para ser comemorada, não somente como festa, mas como momento de reflexão e reafirmação das lutas das mulheres por igualdade no mundo do trabalho, nas relações de gênero, no mundo afetivo, enfim, igualdade em todos os campos, respeitando as diferenças entre homens e mulheres.
*Toda e todos que lutamos por democracia não podemos aceitar qualquer forma de discriminação que gere desigualdade, e precisamos reconhecer que apesar de a luta das mulheres ter tido avanços nesses últimos anos, ainda há um longo caminho a trilhar. As mulheres, têm maior escolaridade que os homens, estão assumindo postos de liderança nas empresas, mas continuam recebendo salários menores e sendo discriminadas no trabalho. Segundo recente pesquisa do IBGE as mulheres continuam a receber cerca de 30% a menos que os homens e muitas vezes exercendo funções equivalentes.
*Mulheres estudam mais e recebem menos no trabalho. E quando chegam em casa têm outra jornada pela frente, porque ainda, infelizmente, a maioria dos homens considera o serviço doméstico atribuição exclusiva das mulheres. Cabe ao movimento feminista, ao movimento sindical cutista e à sociedade discutir essa e outras questões em sua concepção ampla para intervir nas políticas públicas que garantam a igualdade de direitos: qual papel cabe a homens e mulheres na sociedade – o da exclusão e discriminação ou o da igualdade de direitos e de condições? A resposta parece óbvia, mas entre a constatação empírica e a prática cotidiana há um fosso de machismo e predominância do modelo patriarcal que temos de suplantar.
*Nós, da CUT, lutamos pela democracia de forma mais ampla, com igualdade de oportunidades e de condições, a exemplo da campanha pela redução da jornada de trabalho que vem sendo encaminhada pela Central com a transversalidade de gênero; lutamos pelo fim do assédio sexual e moral nas empresas, uma chaga que ainda vitimiza muitas trabalhadoras.
*Nós, da CUT, lutamos pela democracia de forma mais ampla, com igualdade de oportunidades e de condições, a exemplo da campanha pela redução da jornada de trabalho que vem sendo encaminhada pela Central com a transversalidade de gênero; lutamos pelo fim do assédio sexual e moral nas empresas, uma chaga que ainda vitimiza muitas trabalhadoras.
*E mais! Lutamos contra todas as formas de violência contra as mulheres. No Brasil, a cada 4 minutos uma mulher é violentada ou sofre algum tipo de violência e, na maioria das ocasiões, o algoz é o próprio companheiro. O governo Lula deu um grande passo para combater o problema ao tornar crime esse tipo de violência. A criação, também neste governo, de uma secretaria especial de políticas para as mulheres, outra para fomentar políticas de igualdade racial são ações positivas que contribuem para o avanço da luta das mulheres no Brasil; no entanto, isso não pode ser encarado como política de um governo e sim como política de um estado democrático, que abranja as esferas federal, estaduais e municipais.
*Ao comemorarmos o simbolismo do 8 de março, procuramos dar visibilidade a todas essas questões, no sentido de fortalecer cada vez mais a luta das mulheres por uma sociedade com justiça social e com a garantia de que nós mulheres somos e seremos protagonistas da nossa própria história, uma historia das mulheres brasileiras. Cabe às mulheres, cada vez mais, assumir a consciência de que a luta por salários dignos, por igualdade de condições, pelo direito de decidir sobre o seu corpo e sua vida sexual e reprodutiva, contra a violência e o machismo não é isolada de cada indivíduo, mas é responsabilidade da sociedade. Uma responsabilidade que se manifesta do ponto de vista
* Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras da CUT