Os servidores públicos municipais de Vilhena mais uma vez deixaram claro que são contra a criação de sistema municipalizado de previdência social. Na manhã desta terça-feira, dezenas de funcionários públicos da prefeitura compareceram à Câmara de Vereadores para acompanhar a discussão de projeto neste sentido, apresentado pelo Executivo, e as manifestações contrárias a proposta foram evidentes. *Os vereadores da oposição, Mauro Bil (PT), Nenzão (PDT) e Eliane da Emater (PV) discursaram apontando erros e dúvidas com relação ao projeto, que deverá voltar ao Plenário na próxima semana para segunda discussão. *No ano passado, em plebiscito realizado pela Associação dos Servidores Municipais de Vilhena, já havia ficado evidenciada a rejeição dos trabalhadores a idéia.
*O Executivo defende que com a municipalização do sistema, a prefeitura terá uma economia de cerca de 4 milhões por ano, pois o percentual de contribuição do Município seria inferior ao que é pago ao INSS, órgão com o qual Vilhena está inadimplente.* Não se sabe a forma como a dívida junto a Previdência Federal, que chega aos R$ 16 milhões, será paga. *Outro argumento utilizado é o grande número de municípios brasileiros que implantou sistema semelhante.
*Já a oposição aponta falhas no projeto, que não define a forma como os servidores da prefeitura terão oportunidade de gerenciar o sistema. Além disso, o vereador Mauro Bil argumenta que não há garantias melhores com o novo sistema daquelas dadas pelo INSS. *“Querem fazer experiências com uma coisa muito séria, que é a aposentadoria de trabalhadores”, afirmou. O petista alerta que, da mesma forma que os governos passados usaram de forma indevida o dinheiro arrecadado pela previdência federal, causando os rombos que hoje trazem problemas para o INSS, o mesmo pode acontecer no município.