AMAZONAS - Pirarucu a preço de bacalhau

AMAZONAS - Pirarucu a preço de bacalhau

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Foto: Divulgação

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A pouca oferta da espécie e a proibição da captura pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) têm contribuído, significativamente, para a elevação do preço do pirarucu, conhecido popularmente como “bacalhau da Amazônia”. Esta foi a afirmação do diretor técnico da Federação dos Pescadores do Estado do Amazonas (Fepesca), Wilson Ribeiro. *Segundo ele, o pirarucu por ter uma carne nobre e ter sido muito capturado teve sua pesca proibida pelo Ibama, por considerar sua espécie em extinção. A captura somente pode ser feita em reservas permitidas pelo instituto. Ele apontou também que o período de entressafra, iniciado no mês de novembro, contribuiu para a diminuição da pesca nestas reservas. “Estes podem ser alguns dos fatores que contribuíram para a elevação do preço do pirarucu”, destacou. *Nas feiras da cidade, o preço do quilo deste pescado varia de R$ 10 a R$ 15. Na Feira Manaus Moderna, no centro comercial de Manaus, o produto pode ser encontrado a R$ 10, o pirarucu fresco, e R$ 13, a carne seca. *O feirante Telito Roberto da Silva, 28, disse que as vendas caíram bastante e que já chegou a faturar R$ 500 por dia com a venda do pirarucu. “Hoje o valor do peixe é muito elevado. Antigamente, comprava de R$ 5 e até R$ 7, o quilo. Atualmente, não compro por menos de R$ 10, por isso vendo com o preço mais elevado”, justificou. *Já outro vendedor de peixe (que não quis se identificar) confessou que muitos revendedores fazem o preço deles e como o produto é muito consumido, e há pouca oferta, aproveitam para cobrar mais elevado o preço do pirarucu. “É uma situação difícil para nós. Ou pagamos o preço deles ou outro comerciante vem e paga, aí ficamos sem o produto”, desabafou. *O consumidor Eduardo Silva, 25, reclamou do preço elevado do pirarucu que na sua avaliação deveria ter o preço mais acessível. “O valor dele é muito elevado. Custa mais caro que o quilo da carne ou estão fazendo cartel?”, questionou. *Comercialização *O pirarucu comercializado nas feiras de Manaus é o que já foi capturado nos meses de julho a novembro nas reservas legalizadas pelo Ibama. Segundo o representante da Cadeia Produtiva do Pescado da Agência de Agronegócios do Amazonas (Agroamazon), Rogoberto Pontes, 56, o período da entressafra (dezembro a março) compromete a pesca do pescado que fica escondido para a reprodução. *“Como há a falta de peixe neste período devido o defeso, os comerciantes compram em excesso e estocam para vender depois, o que influi no preço final até chegar ao consumidor”, destacou. *Ele contou que o preço vendido pelos pescadores que capturam nas reservas custa R$ 2,5, o quilo. No entanto, a agência repassa a eles mais R$ 1, o que facilitaria tanto aos pescadores quanto os revendedores. *“Na verdade, o preço final sai para os pescadores a R$ 3,5, o quilo, porque a agência subsidia uma parte da venda para não prejudicar o pescador. Esta forma ajuda tanto os pescadores quanto os comerciantes que alegam gastar muito para conservar o pescado”, disse.
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