ACRE - Capital está em situação de emergência e rio continua subindo

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Foto: Divulgação

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A prefeitura decretou no fim da tarde de ontem situação de emergência em Rio Branco. Mais de 200 famílias estão desalojadas, cerca 1,5 mil foram atingidas pelas águas e 109 estão abrigadas no Ginásio do Sesi e no Parque de Exposições. O nível do Rio Acre continua subindo. Às 6h de ontem o volume estava em 15,17 metros. Na segunda medição, realizada às 10h pela Defesa Civil, a régua apontava 15,24 metros e na última, feita no final da tarde, 15,31 metros. *Os bairros que apresentam situação mais crítica são o Taquari, Seis de Agosto, Baixada da Habitasa e Airton Sena. Na manhã de ontem vários secretários, entre eles o de Limpeza Urbana, Assistência Social, Obras, representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e promotores do município se reuniram com o prefeito Raimundo Angelim para decidir sobre a decretação da situação de emergência. O pedido foi encaminhado para a área jurídica da prefeitura, remetido ao governo do Estado para homologação e encaminhado para o Ministério da Integração Nacional para reconhecimento. *Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, coronel Gilvan Vasconcelos, Rio Branco vive hoje uma situação que se caracteriza como emergente. "Não se pode prever o comportamento do rio, mas o fato é que o nível das águas está subindo e dezenas de famílias estão sendo atingidas e desalojadas a cada dia", comentou. *Com a situação de emergência decretada, todos os gastos públicos relacionados à enchente serão cobertos pela União, que passa a intervir na cidade também com recursos humanos. Ontem o 7º Batalhão de Engenharia e Construção (7º BEC) ofereceu 30 homens e dois caminhões para somar ao efetivo que está trabalhando em prol dos atingidos, que é de 80 homens e 18 veículos, além dos barcos. *Águas poluídas preocupam *Com a alagação, a água traz à tona o lixo e os dejetos depositados nas fossas são misturados às águas da enchente. Isso representa um grande perigo à saúde dos que entram em contato com a água. *Segundo o secretário de Saúde de Rio Branco, Eduardo Farias, as pessoas correm o risco de pegar hepatite A, diarréia, febre tifóide e micoses. A orientação é que o contato com a água seja evitado - o que se torna difícil diante da situação para as famílias atingidas - e que as mães redobrem a atenção com as crianças, que não devem brincar na alagação. *O maior risco, porém, é no período pós-enchente, quando as águas abaixam e fica a lama. O risco de propagação de doenças nessa fase é bem maior. Todos os cuidados necessários para higienização das casas serão tomados, o secretário, e as famílias receberão todas as orientações necessárias. No ano passado foram distribuídos kits de limpeza, é possível que esse ano o cuidado seja repetido. *Previsão de mais chuvas *Até a manhã de ontem 1.498 residências haviam sido atingidas, segundo avaliação feita pelo Sistema de Georreferência do Município. As imagens de satélites mostram também que há grande nebulosidade sobre o Estado com outra grande massa de ar fria prevista para os próximos três dias. *De acordo com o site Climatempo, a probabilidade de chuva para ontem era de 90% e o volume estimado em 35 mm. Para hoje, a probabilidade é a mesma, mas com um volume muito maior, de 58 mm. *O Riozinho do Rola, afluente do Rio Acre continua subindo e ontem, segundo o Corpo de Bombeiros, estava registrando 13,63 metros. O Rio Yaco, em Sena Madureira, abaixou apenas um centímetro de segunda para terça-feira. Segundo a Defesa Civil, estes dois rios influenciam bastante o volume de água do Rio Acre. "Como são rios estreitos sobem muito rápido e refletem diretamente aqui. Não podemos prever o que vai acontecer, a natureza é imprevisível, mas tudo indica que a situação pode se agravar, embora esteja sob controle", disse Vasconcelos. *Bairros atingidos *Taquari *Seis de Agosto *Airton Senna *Mocinha Magalhães *Baixada da Habitasa *Cadeia Velha *Areial *Triângulo Novo *Adalberto Aragão *Cidade Nova *Santa Terezinha *Atingidas, desalojadas, desabrigadas *A Defesa Civil considera famílias atingidas aquelas que tiveram os quintas das residências atingidos pelas águas, sem que a casa propriamente dita tenha sido afetada. Quando o nível da água passa do assoalho ou piso da moradia, diz-se que a família está desalojada, quando for retirada para a casa de familiares ou outro local próprio, e desabrigada quando os moradores não têm para onde ir e são encaminhados aos abrigos da prefeitura. *1.500 famílias atingidas *109 famílias desabrigadas *Mais de 200 famílias Desalojadas
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