Lívia também confirmou o furto de duas folhas de cheque e a falsificação das assinaturas - ambas voltaram do banco por divergência no registro
Foto: Divulgação
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Lívia da Silva Moura, irmã do lateral do Grêmio Léo Moura, admitiu que aplicou um golpe de R$ 130.950,00 no meia da seleção brasileira Renato Augusto. Ela prestou depoimento à polícia e confessou parcialmente os desvios dos quais foi acusada pelo jogador. Lívia também confirmou o furto de duas folhas de cheque e a falsificação das assinaturas - ambas voltaram do banco por divergência no registro. O caso foi revelado com exclusividade pelo UOL Esporte em 8 de fevereiro.
Renato Augusto prestou notícia-crime contra Lívia Moura por suposto estelionato e furto qualificado. O problema ocorreu em razão de o meia e a mulher Fernanda Klarner terem organizado uma festa para a celebração do primeiro ano de casados.
A irmã de Léo Moura, amiga da família há pelo menos 12 anos, foi chamada para tratar da produção musical do evento - ela já havia feito o mesmo serviço no casamento, em 11 de dezembro de 2015.
Após a festa, Renato Augusto e família alegaram ter notado a cobrança excedente de pelo menos R$ 160 mil, além do furto de duas folhas de cheque. No depoimento, Lívia confirmou os danos ao jogador. Ela admitiu ter sido a responsável por negociar e contratar os artistas para a festa. Em relação ao cantor Thiaguinho, Lívia afirmou que o valor inicial do show seria de R$ 40 mil, sendo informada posteriormente por uma funcionária do artista que o cachê da apresentação era de R$ 100 mil.
Ela confirmou então que furtou a primeira folha de cheque do talão de Renato Augusto e preencheu com o valor de R$ 100 mil, falsificando a assinatura do jogador, que só teria tomado conhecimento do cachê real após o show. Thiaguinho se apresentou sem ter recebido, já que o cheque não foi compensado por divergência de assinatura. Renato Augusto ressarciu o cantor para contornar o problema.
Em relação ao artista Péricles, Renato calculava um prejuízo de pelo menos R$ 40 mil. O pagodeiro nem sequer compareceu ao evento. Segundo o depoimento de Lívia, o valor do show de Péricles seria de R$ 65 mil, mas ela mesma orientou um depósito de aproximadamente R$ 55 mil. O valor jamais foi repassado ao cantor.
Um dia antes da festa, Lívia disse ter entrado em contato com o pagodeiro Belo para negociar a apresentação. O show custaria R$ 50 mil, mas o valor informado ao meia foi de R$ 40 mil. A transferência foi feita, mas a irmã de Léo Moura foi informada que o show não seria feito por menos do preço inicial. Ela disse no depoimento que ficou sem graça de comunicar o fato ao jogador. Desta forma, furtou a segunda folha de cheque, já que tinha livre acesso à residência.
Lívia o preencheu com o valor de R$ 10 mil e falsificou a assinatura. O cheque novamente voltou por divergência no registro. Ao final do depoimento à polícia, Lívia calculou um prejuízo de R$ 130.950,00 ao jogador da seleção brasileira e disse que deseja ressarcir em breve a quantia. Os cheques furtados - totalizando R$ 110 mil - não foram considerados por ela como parte do prejuízo, já que o dinheiro não saiu da conta de Renato Augusto.
Sobre a empresa DIVERSHOW, que esteve envolvida em boa parte dos depósitos não repassados aos artistas e demais serviços, Lívia garantiu que a proprietária e amiga Joyce não teve envolvimento nos desvios, além de descartar a obtenção de vantagem financeira. Segundo a irmã de Léo Moura, Joyce não prestou serviços para a festa, tendo emprestado apenas a conta de pessoa jurídica para os depósitos.
Divergência de valores e investigação sobre a DIVERSHOW
Segundo apuração do UOL Esporte, o valor do golpe admitido por Lívia Moura é menor do que o calculado pela família de Renato Augusto. Inicialmente, o prejuízo estimado pelo jogador e familiares era de pelo menos R$ 200 mil. A conta atualizada, no entanto, já está em R$ 250 mil.
De acordo com a acusação, Lívia disse que não se apropriou da diferença, mas também não comprovou o destino do montante. Uma nova investigação sobre os pagamentos está em andamento, assim como uma triagem profunda sobre a DIVERSHOW, já que a fraude só foi possível por conta da participação da empresa no recebimento dos valores.
Com os elementos coletados e as confissões no depoimento à polícia, Lívia da Silva Moura deve ser indiciada pelos crimes de estelionato e furto qualificado, com o processo sendo remetido ao Ministério Público.
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