Autor defende que crianças e adolescentes até 14 anos não tenham smartphones, e que as redes sociais só sejam utilizadas a partir dos 16
Foto: Divulgação
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O livro "A Geração Ansiosa", do psicólogo norte-americano Jonathan Haidt, que trata dos graves prejuízos causados pelo uso do celular a crianças e adolescentes, vem batendo recordes de venda internacionalmente –está há 19 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times–, e já se tornou um fenômeno editorial no Brasil, de acordo com matéria publicada na Folha de São Paulo.
Segundo a publicação, com apenas duas semanas desde o lançamento no país, foram vendidos 25 mil exemplares. A obra já foi lançada em mais de 20 países e em pelo menos 14 idiomas. Nos EUA, foram mais de 600 mil exemplares vendidos e, no Reino Unido, mais de 100 mil.
A edição brasileira do livro é da Companhia das Letras, que antecipou em seis meses o lançamento diante da explosão da procura. Só na pré-venda, foram 5.000 exemplares, um recorde para a editora, posteriormente batido pelo livro de Felipe Neto, "Como Enfrentar o Ódio", que será lançado em setembro e já vendeu mais de 10 mil cópias.
Ainda segundo a matéria da Folha, depois da tiragem inicial de 25 mil exemplares de "A Geração Ansiosa", a Companhia das Letras já fez duas novas reimpressões, de 15 mil e 10 mil. Para se ter ideia do quanto esses números representam, a tiragem média dos livros no Brasil gira em torno de 3.000 exemplares. Além disso, foram também vendidas 2.000 cópias de e-books.
Sinopse
As crianças e os adolescentes estão em perigo. Desde o início dos anos 2010, as taxas de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais têm crescido vertiginosamente nesses grupos. Em A geração ansiosa , o psicólogo social Jonathan Haidt explica as causas dessa epidemia e defende uma infância longe das telas.
O autor demonstra como a “infância baseada no brincar” entrou em declínio na década de 1980 e foi substituída pela “infância baseada no celular”, acompanhada por uma hiperconectividade que alterou o desenvolvimento social e neurológico dos jovens e tem causado privação de sono, privação social, fragmentação da atenção e vício. Ele também examina por que as redes sociais prejudicam mais as meninas e os motivos que levam os meninos a migrar do mundo real para o virtual, com consequências desastrosas para eles e as pessoas a seu redor.
Diante desse cenário catastrófico, Haidt mostra o que pais, professores, escolas, empresas de tecnologia e governos podem fazer na prática para reverter a situação e evitar danos psicológicos ainda mais profundos. Um plano de ação que não podemos nos dar ao luxo de ignorar, porque o que está em jogo não é apenas o bem-estar de nossas crianças, mas da sociedade como um todo.
Fonte: Folha de São Paulo
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