Moema Dequech, filha e herdeira do legado do explorador que morreu em 2011 aos 95 anos, apresentou em Belo Horizonte (MG) o livro "Victor Dequech e a Expedição Urucumacuan – A história de um brasileiro visionário"
Foto: Divulgação
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Legenda da foto acima: A Expedição Dequech no Rio Corumbiara, em 1942
De 1941 a 1943, o geólogo paranaense Victor Dequech encabeçou uma jornada audaciosa rumo ao coração do que hoje conhecemos como o estado de Rondônia. Sua missão: desvendar a verdade por trás da lendária mina de Urucumacuan, um mistério que perdurava desde o século XIX. Muitos chegaram a apontar Urucumacuan como uma espécie de ‘elo perdido’ de uma civilização milenar.
No último sábado, dia 13 de abril, Moema Dequech, filha e herdeira do legado do explorador que nos deixou em 2011 aos 95 anos, apresentou em Belo Horizonte (MG) o livro "Victor Dequech e a Expedição Urucumacuan – A história de um brasileiro visionário". A publicação, com suas 304 páginas ao preço de R$ 170,00, é um mosaico de diários e documentos raros, que desconstroem as antigas teorias sobre a existência de ouro na região de Vilhena. O próprio general Cândido Rondon, figura emblemática da história brasileira, foi um dos maiores entusiastas da ideia de uma província aurífera no local.
O livro que relata a aventura na Amazônia
Rondon, pioneiro na exploração dos rios da região em 1909, e mais tarde acompanhado pelo engenheiro de minas norte-americano Francisco Moritz, em 1912, contratado pela Comissão Rondon, estava convicto de que a região de Vilhena escondia riquezas comparáveis ao mítico ‘El Dorado’. Mesmo distante, já na reserva do Exército e com mais de 75 anos, Rondon orientou cada passo da expedição de Dequech, então funcionário público federal, que contou com a inestimável ajuda de José Nambiquara, um guia indígena do Sul de Rondônia, levado ainda criança para a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, pelo próprio Rondon.
Contrariando as expectativas, Victor Dequech concluiu em seus relatórios que Urucumacuan não passava de uma lenda e que a região não abrigava o tão almejado ouro. Contudo, sua expedição foi um marco no avanço do conhecimento científico sobre a área. Hoje, mais de oito décadas depois, os relatos dessa aventura histórica são os verdadeiros tesouros que emergem detalhadamente nas páginas do livro de Moema
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