TEATRO: Espetáculo ‘O Pesadelo da Borboleta’ será apresentado neste sábado

A peça teatral será exibida na casa de cultura Caixa Mágica

TEATRO: Espetáculo ‘O Pesadelo da Borboleta’ será apresentado neste sábado

Foto: Divulgação

Uma pintora está reclusa em seu ateliê de obras inacabadas quando adormece e tem um sonho - ou seria um pesadelo? Este é o mote para o espetáculo “O Pesadelo da Borboleta”, interpretado ela atriz Marilyn Nunes, será exibido às 20 horas deste sábado,24, na Caixa Mágica, localizado na área central de Porto Velho.A Ciaxa Mágica fica na Rua Pio XII 1142. Olaria.

 

No sonho/pesadelo, ela recorda passagens de sua primeira infância: seu nascimento, as primeiras flores e borboletas que viu, os rios, pássaros, árvores...e desse acesso às memórias surge também a lembrança da inesperada morte do pai.

 

Acompanhada pela voz de sua mãe, que narra os detalhes desses acontecimentos, a pintora adentra o seu trauma. O isolamento em que vive é como o tempo de uma lagarta que espera o momento de tornar-se borboleta, ela busca por sua 'metamorfose humana.

 

Como surgiu o espetáculo

 

O Pesadelo da Borboleta surgiu de uma provocação da diretora, Julia Varley (Odin Teatret) sobre “não se repetir” em cena, o espetáculo teve como ponto de partida uma viagem de 30 dias ao México, - já que o primeiro solo, Estrelas, foi pautado em uma literatura brasileira-, seguido de várias imersões na sede do grupo Odin Teatret, na Dinamarca, entre os anos de 2014 e 2018 (sua estreia).

 

O espetáculo, que traz a dramaturgia da atriz e do ator como alicerce, mescla referências ficcionais com dados biográficos de quem cria. A atriz se desnuda em cena, para mostrar suas dores e falar da morte de seu pai.

 

México

 

Isso é um resquício da viagem à casa de Frida Kahlo, pintora tão profunda e autobiográfica, mesclada à atmosfera jocosa sobre os finados que o México alimenta, fazendo com que o trato ao tema também seja poético e satírico. Há relatos de que a beleza por fora, de Kahlo, e seu corpo quebrado, representam o México.

 

Também a autobiografia da atriz revela um problema social que assola o Brasil: o narcotráfico. Marilyn Nunes perdeu seu pai para as drogas, e como milhares de vítimas do sistema socioeconômico que envolve, tornou-se mais uma entre milhares, que cresceu sem pai.

 

O espetáculo apresenta a intimidade extrema da dor do luto, algo muito pessoal, impulsionando a(o) espectador(a) a viajar nas imagens e sensações da infância, relembrando suas perdas, e desemboca numa visão ampla social, fazendo-a(o) refletir sobre os problemas contemporâneos que vivemos.

 

Prêmio

 

A peça recebeu a premiação do edital Myriam Muniz, que contribuiu para sua produção. Outros prêmios seguiram, incluindo o Proac para registros audiovisuais de obras teatrais e sua circulação pelo Pontal do Paranapanema, também pela Secretaria do estado da cultura e economia criativa.

 

Ficha Técnica

 

Atriz criadora: Marilyn Nunes
Direção: Julia Varley (Odin Teatret)
Assistente: Flávia Coelho
Figurino, cenário, iluminação e Sonoplastia: Oposto Teatro Laboratório
Texto: Oposto Teatro Laboratório.
Construção de adereços em madeira: Hjalmar Andersen
Produção: Oposto Teatro Laboratório
Colaboração para pesquisa e criação: Nordisk Teaterlaboratorium
Fotos: Tommy Bay.

 

VALOR DO INGRESSO: R$ 25,00
 

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