Estão sendo disponibilizados quase R$ 60 milhões para pesquisas que ajudem a conhecer áreas pouco estudadas da maior floresta tropical do mundo
Foto: Divulgação
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As Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) de 19 Estados brasileiros, incluindo Rondônia, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) disponibilizaram R$ 59,2 milhões para financiar expedições científicas multidisciplinares na região da Amazônia por um período de até 36 meses.
Nesta quinta-feira,30,terá o lançamento oficial da expedição em Rondônia. O evento acontece às 14h30 no auditório da Unir-Centro, e contará com a presença de João Arthur da Silva, assessor da Departamento de Apoio à pesquisa e de Formação em Recursos Humanos em Ciência e Tecnologia (Fapesp) para iniciativas na Amazônia.
Esta é a segunda Iniciativa Amazônia+10, liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisas (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), que conta também com a parceria do CNPq.
Os participantes selecionados no edital destas expedições científicas devem ter foco na ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade e biodiversidade amazônica, prevendo a coleta de dados, de espécimes biológicos e minerais, de peças integrantes da cultura nativa e popular (presente e passada), sempre se atendo a um ou mais dos eixos prioritários descritos na chamada a ser lançada nos próximos dias.
Conhecimento sobre a Amazônia
Embora a Amazônia seja uma das maiores e mais intactas florestas do mundo, ela é também uma das menos conhecidas em termos biológicos. Seu tamanho imenso, sua diversidade e seus acessos limitados fazem com que a tarefa de documentar sua biodiversidade seja extremamente desafiadora.
Segundo artigo publicado em julho na revista Current Biology, pelo projeto Synergize, 40% das áreas da Amazônia estão sendo negligenciadas por pesquisas em ecologia. E um dos motivos dessa distribuição desigual é justamente o alto custo para realizar estudos na região. Por isso, foi estabelecido que o valor mínimo de cada proposta contemplada nesta chamada será de R$ 400 mil.
Além da questão espacial, também existem vieses taxonômicos nas pesquisas realizadas até o momento. A maioria dos dados disponíveis é para plantas ou aves. Grupos como borboletas, por exemplo, têm muito menos informações à disposição e grupos enormemente diversos, como fungos e bactérias, são praticamente desconhecidos. A intenção é que a chamada ajude a superar esses gaps. Além disso, o material coletado será catalogado e tombado em instituições amazônicas, como forma de preservação desse patrimônio.
Para saber mais sobre a iniciativa acesse https://www.amazoniamaisdez.org.br.
Fonte: Jornal da USP
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