‘Cangaço Novo’ é faroeste moderno — e violento — no sertão

No seriado, o diretor Aly Muritiba transpõe o universo dos bandoleiros nordestinos para os dias atuais e traça um exame moral da corrupção pelo crime

 ‘Cangaço Novo’ é faroeste moderno — e violento — no sertão

Foto: Divulgação

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No meio da Caatinga cearense, uma fila se forma em frente ao banco em dia de pagamento. O marasmo dos assalariados, então, é perturbado pelo som de tiros e caminhonetes barulhentas que anunciam: bandidos do sertão chegaram para mais um assalto. O título do seriado Cangaço Novo, já disponível no Amazon Prime Video, não deixa dúvida do que vem por ai.

 

 Filmada na Paraíba por cinco meses e com elenco nordestino, a produção do cineasta Aly Muritiba, em parceria com Fábio Mendonça, traz uma visão atualizada sobre bandos criminosos como o do mítico Virgulino Ferreira, o Lampião (1898-1938). Saem de cena, porém, os chapéus e cavalos típicos da imagem que se tem desse universo — o cangaço de agora é infinitamente mais violento, profissional e armado até os dentes.


Em Cangaço Novo, Muritiba e Mendonça não só adicionam violência ao caldeirão: eles investem no exame moral de anti-heróis que, na linha da americana Breaking Bad, são movidos a princípio por uma causa ou necessidade, mas se inebriam com o crime e tornam-se seus reféns.

 

O protagonista Ubaldo (Allan Souza Lima) é um bancário que pena para financiar o tratamento de saúde do pai adotivo, até descobrir que teria direito a uma herança na cidade fictícia de Cratará.

 

Ele parte para recuperar o que lhe pertence, mas lá descobre ser descendente de um famoso cangaceiro, entrando numa disputa de poder na família e no bando que adota. Num faroeste sertanejo, dramas assim se resolvem à bala.

 

Edição: Rondoniaovivo

AUTOR: Thiago Gelli (Veja)

https://veja.abril.com.br/coluna/tela-plana/lampiao-3-0-cangaco-novo-e-faroeste-moderno-e-violento-no-sertao/

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