CARNAVAL: Palitot propõe Bloco Pirarucu do Madeira como Patrimônio Cultural Imaterial

O bloco não vende nada e proporciona folia para todos e todas, sem cordas, sem abadás e com marchinhas e frevos próprios e tradicionais

CARNAVAL: Palitot propõe Bloco Pirarucu do Madeira como Patrimônio Cultural Imaterial

Foto: Divulgação

Foi apresentado nesta quinta-feira, 19, o projeto de lei 4428/2023, de autoria do vereador Aleks Palitot, que declara a Associação Cultural Pirarucu do Madeira como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do município de Porto Velho.

 

“Não sou só folião do bloco, mas cidadão que reconhece a importância de um bloco com três décadas de fundação sem mudar sua essência: sem finalidade lucrativa e democrático”, disse Palitot. Ele fará a leitura do projeto na próxima sessão e a votação ocorrerá na seguinte.

 

 

A perspectiva é de que o projeto seja aprovado a tempo de ser anunciado no desfile marcado para o dia 12 de fevereiro, a partir das 17 hs, no circuito carnavalesco da Pinheiro Machado.

 

O bloco não vende nada e proporciona folia para todos e todas, sem cordas, sem abadás e com marchinhas e frevos próprios e tradicionais.

 

“Nos alegra o reconhecimento, principalmente pela iniciativa partir de um vereador que também é folião, pois o bloco Pirarucu do Madeira existe pelo folião e para o folião”, disse Ernande Segismundo, presidente do bloco.

 

Histórico do Bloco

 

Bloco das Cores e Fantasias PIRARUCU DO MADEIRA

 

O carnaval brasileiro é a maior manifestação de cultura popular do mundo. Não existe nenhuma outra festa popular no planeta que se compare minimamente com o carnaval brasileiro. Carnaval há no mundo inteiro, mas são festas localizadas, como em Veneza – Itália, Colônia – Alemanha, Cádiz – Espanha, Oruro – Bolívia, Barranquilla – Colômbia, Toronto -Canadá e Nova Orleans – EUA

 

Mas, um país inteiro parar por cinco dias para festejar o reinado de Momo, aí é só no Brasil. Mas não existe em nosso País apenas um carnaval, mas várias e múltiplas manifestações de raiz, que representam complexas estruturas estilizadas e ritimizadas, operacionalizadas por pessoas que pertencem aos grotões urbanos e rurais do País.

 

A passarela do samba carioca, o trio elétrico baiano e Olinda são apenas a face mais vistosa do nosso Carnaval. Na cidade do Rio de Janeiro, de Salvador e Recife-Olinda existem inúmeras manifestações carnavalescas populares que não saem na TV e pelas quais a grande mídia não se interessa.

 

O mesmo ocorre em nossa cidade, onde o povo portovelhense sempre soube fazer o melhor e mais animado carnaval da Amazônia. Já tivemos aqui época dos grandes carnavais, com figuras que simbolizaram a organização momesca popular, como Leônidas Bola Sete, Periquito, Marise Castiel, Valdemar Cachorro, etc. e seus blocos e escolas de samba como O Triângulo não Morreu, Os Diplomatas do Samba, Os Pobres do Caiari, Bloco do Sujo, Bloco do Cobra, etc.

 

Depois chegou o carnaval global humilhando a tudo e a todos, desencorajando as pessoas a persistir na sua humilde festa popular, diante das apresentações apoteóticas das escolas de samba na televisão. Pior ainda quando veio a onda pasteurizada do “axé music”, onde a grande festa popular dividiu o povo entre os que “tem” e os “não tem”, através de uma corda excludente e um “abadá” mais excludente ainda.

 

Nesse contexto, um grupo de foliões liderados pelo advogado Ernande Segismundo criou no ano de 1993 o Bloco das Cores e Fantasias Pirarucu do Madeira, que desfilou em 1993, 1994 e 1995, com a proposta de um carnaval popular de raiz, sem corda, sem “abadá”, mas com muita fantasia.

 

O Pirarucu do Madeira foi inspirado no Bloco Bacalhau do Batata que desce as ladeiras de Olinda-PE na quarta-feira de cinzas, concentrando no alto do largo da Igreja da Sé as 6h00 com uma enorme panela de mugunzá (mingau de milho branco) antes de iniciar o cortejo.

 

De acordo com Ernande Segismundo, ele já havia passado vários carnavais em Recife e Olinda e para não ter que retornar todo ano àquela magnífica festa popular na base de frevo, maracatu e ciranda ele resolveu criar uma pequena representação do frevo pernambucano em Porto Velho. Assim nasceu o Bloco das Cores e Fantasias Pirarucu do Madeira, lançado no dia 12.02.1993 na Taba do Cacique.

 

A agremiação carnavalesca possui rigorosa documentação de sua história, desde as primeiras matérias jornalísticas que anunciaram o Baile de Lançamento assim como o primeiro desfile do Bloco, que foram veiculados nos jornais O Alto Madeira, O Estadão do Note, Coluna do saudoso Sérgio Valente e até no jornal Folha de São Paulo.

 

Após nove anos sem sair, hibernando no majestoso Lago do Cuniã, o Pirarucu do Madeira resolveu voltar a desfilar no carnaval de Porto Velho, com a mesma proposta de carnaval livre e desimpedido.

 

E neste ano de 2023 o Bloco das Cores e Fantasias Pirarucu do Madeira completa 30 anos de atividades, com muita alegria, cores e fantasia, para homenagear o nosso carnaval popular. O carnaval do tempo dos carnavais, em memória de nossos legendários heróis da festa momesca, invocando todos os espíritos da nossa imensa floresta para nos proteger nesse reinado.

 

Pela primeira vez o Pirarucu do Madeira realizará dois ensaios, cujas Prévias serão no próximo dia 27 de janeiro e 03 de fevereiro no Bar do Calixto com animação da Banda Poraquê.

 

E no dia 12 de fevereiro acontecerá o desfile do Bloco no Circuito Caiari, saindo da Av. Pinheiro Machado esquina com a Rua Rogério Weber, seguindo pela Av. Pinheiro Machado até virar à direita na Rua Joaquim Nabuco até virar à direita na Av. Carlos Gomes, encerrando as atividades na Praça das Três Marias.

 

 

  

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