Em entrevista essa mulher mostrou a verdadeira faceta da pessoa que é
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Eu cresci assistindo novelas da Globo, fui um noveleiro que tinha a Regina Duarte como uma musa, o talento extraordinário para compor personagens humanos, poderosos e libertários. Interpretava mulheres fortes, irascíveis e a frente do seu tempo.
Ela foi Malu Mulher, uma mulher recém saída do divórcio, com uma filha adolescente buscando o seu espaço na vida social e familiar, mesmo enfrentando um mundo machista e uma sociedade conservadora, que tinha preconceito com mulheres desquitadas.
Isso no final dos anos 70 e início dos anos 80 era algo moderno.
E antes disso ela vinha da consagração como a "namoradinha do Brasil", por novelas clássicas como "Meu primeiro amor", "Nina" e "Selva de Pedra".
Quem imaginaria uma personagem como Viúva Porcina, da novela Roque Santeiro, sem a Regina. Mulher impulsiva, forte e dominadora, sucumbida apenas pelo amor de Roque (José Wilker).
A incrível Raquel Acioly, personagem humano da novela "Vale Tudo" e que engrandece ao lutar pelo seu grande amor, Ivan Meireles (Antônio Fagundes) enquanto enfrenta as maldades e mesquinharias da filha Maria de Fátima (Glória Pires) e luta contra o controle da poderosa Odete Roitman (Beatriz Segall).
Lembrar que a atriz era a favorita do novelista Manoel Carlos para compor a sua personagem símbolo, Helena.
Regina protagonizou duas excelentes "Helenas" em novelas como "Uma história de amor" e "Laços de Família", essa última tão sofrida, ainda mais por trocar o seu bebê recém nascido pelo bebê morto da filha - as duas tiveram no mesmo dia e no mesmo hospital -, e pagar um preço muito alto pelo amor incondicional de proteger e sacrificar a sua felicidade em consideração a sua única filha.
Regina foi "Chiquinha Gonzaga", um trabalho inovador e premiado. Uma personagem real da música brasileira e que deixou sua marca na cultura brasileira.
"Rainha da Sucata", difícil esquecer Maria do Carmo, a mulher que sai da pobreza e se torna uma empresária de sucesso, lutando por um amor impossível enquanto enfrenta uma rival louca e a altura, Laurinha Figueroa (Glória Menezes).
Eu poderia desfilar outros personagens que tiveram brilho e marcaram a tv brasileira por conta dessa mulher.
Mas eu apaguei da minha vida a artista Regina Duarte, com 40 minutos de entrevista essa mulher mostrou a verdadeira faceta da pessoa que é.
E é abominável, o modo como minimiza as mortes e torturas na ditadura militar que esse país teve. Como partilha e compartilha das ideias fascista de seu chefe. Briga com jornalistas também, dá piti quando são feitas perguntas necessárias para entender a sua função numa pasta tão importante como é a cultura.
Regina Duarte soube muito bem esconder essa sua faceta grotesca e que mata o seu legado artístico.
Assim como eu me revoltei e tive asco dessa senhora, muitos artistas se expressaram diante do que viram.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!