ARTIGO: Pinóquio e Gepeto ao Sabor do Vento

A peça é uma releitura da obra "As Aventuras de Pinóquio"

ARTIGO: Pinóquio e Gepeto ao Sabor do Vento

Foto: Raíssa Dourado

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Na literatura, podemos entender que os clássicos, são obras primas que ultrapassam seu tempo, e se perpetuam no imaginário do coletivo, possibilitando que se façam diversas leituras e releituras do que foi criado.

 

Adaptado por Adriano Abreu e encenado pelo Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, “Pinóquio e Gepeto ao Sabor do Vento” é uma releitura da obra, As Aventuras de Pinóquio, escrita em 1881 pelo italiano Carlo Collodi.

 

O Coletivo criado em 1998 no Piauí, tem como principal fundamento a pesquisa no reconhecimento do atuante (ator-bailarino-narrador-performer), sob uma visão holística, como núcleo essencial do trabalho cênico. 

 

Nesse sentido, capacitando os atuadores a não só montar espetáculos, mas sobretudo, a pensar o teatro, como uma possibilidade de evolução integral do ser humano, através do desenvolvimento de uma cosmovisão ética, filosófica, sociocultural e técnica, realizada pelo aprimoramento cognitivo, corpóreo-vocal.

 

Não podemos falar de Pinóquio sem lembrar de seu desejo de ser menino, como também, as enrascadas que suas mentiras o leva.

 

Mesmo sendo uma estória conhecida por todos nós, a adaptação, “Pinóquio e Gepeto ao Sabor do Vento” que está circulando pelos dez estados da Amazônia Legal, pelo projeto Sesc Amazônia das artes, se mostra desde o começo, um espetáculo de um conceito totalmente original.

 

De uma forma bem-sucedida, a direção mostra ao público, uma costura de elementos essenciais e complementares de cena, tais como figurino, música e elementos cênicos, amparados por uma originalidade que se apresenta de forma criativa e harmoniosa desde o começo do espetáculo.

 

 O que é apresentado, tem o poder de prender a atenção do espectador, criando uma expectativa ao seu decorrer, mesmo sendo o texto, uma estória conhecida por todos.

 

É preciso ressaltar, a excelente presença cênica da atriz, Silmara Silva interprete do boneco de madeira, que durante uma hora de espetáculo, domina toda a cena, possibilitando que cada personagem tenha seu devido destaque na estória e na cena, com isso mostrando um unicidade no trabalho, que prende a atenção do público do começo ao final.

 

Texto: Fabiano Barros
Fotos: Raissa Dourado.

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