PORTO VELHO: 'Projeto vai acabar de vez com o trem da Madeira-Mamoré', diz AMMA

Confira a nota da AMMA.

PORTO VELHO: 'Projeto vai acabar de vez com o trem da Madeira-Mamoré', diz AMMA

EFMM / Foto: Divulgação

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No próximo dia 02 de outubro (terça feira), a cidade de Porto Velho comemorará os 104 anos de criação do município. Neste dia, está previsto a assinatura da ordem de serviço que, enterrará de vez, o sonho do povo rondoniense de um dia ver o trem andar.

 

Segundo estudos feitos por entidades de classe, “para a maioria do povo porto-velhense, o projeto de “revitalização” da estrada de ferro Madeira Mamoré (EFMM) continua sendo um mistério, vez que a ideia que os porto-velhenses têm, é que a recuperação será feita nos oito quilômetros da ferrovia, bem como, em todo o complexo.

 

De acordo com as notícias extraoficiais, que saídas dos bastidores do palácio presidente Tancredo Neves, “dão conta que o trem não irá se movimentar, que um terminal portuário será construído e que a lendária e histórica linha férrea, que foi o começo de tudo será encerrada, de vez”.

 

O projeto, que foi mantido em total sigilo durante meses às portas fechadas, foi construído por pessoas sem afinidade alguma com a história do povo de Rondônia e com o esforço histórico dos povos que ajudaram a construir a Madeira Mamoré. Somente atestam essas informações, “vão evidenciando que leis foram fabricadas e que pareceres técnicos corroboraram com todo o projeto de destruição que se segue.

 

Sem dar ciência ao público o prefeito desfila com sua equipe pela cidade, usando os meios de comunicação para dizer “ser este um empreendimento iniciado a partir dele”. Esquece, porém, este chefe do executivo que, a prefeitura, na verdade, está cumprindo decisão judicial, sendo a maioria da verba oriunda da usina Santo Antônio energia, na contrapartida do aumento das cotas do lago de Santo Antônio, que, na verdade, “é da verba pública que veio na origem da construção das usinas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)”.

 

A obra (??) será de restaurantes de alto estilo para atender a classe endinheirada, a burguesia de porto velho, embora, também, outros mais simples serão construídos para os público da periferia da cidade. Já os vagões,” serão inutilizados e irão ser transformados em quiosques para a venda de sanduiches, que por ironia permanecerão em cima dos trilhos e, com certeza, nunca mais se locomoveram sobre os trilhos históricos da Madeira Mamoré.

 

 

(Charge/AMMA)

 

 

Por outro lado, o bairro do triângulo, com suas populações tradicionais, pioneiras e históricas, serão, mais uma vez, relegados ao esquecimento histórico, continuando no triste episódio dos impactados; pois com a imposição e mão forte dos grupos usineiros, prevaleceu a não reconstrução daquele bairro, que fora um dos primeiros de porto velho, afirmam ativistas da amma, entidade pioneira na luta pela preservação do complexo ferroviário, criada desde o ano de 1982.

 

Os usineiros o destruíram e teriam, por obrigação, reconstruí-los, mesmo existindo projetos para área de risco e regiões alagadiças- despeitados que são- ignoraram até mesmo, a determinação do tribunal regional federal 1 – Desembargador Federal Souza Prudente - comentou a AMMA.

 

A AMMA (Associação de Preservação do Patrimônio Histórico e Amigos da Madeira Mamoré), há anos, levanta a bandeira da reativação e da volta do trem até Santo Antônio (km 8). E marca posição, “para que o projeto do prefeito respeite a portaria 231/2007 de tombamento da ferrovia, que prevê regras claras para a preservação e conservação do patrimônio histórico, humano e mundial”.

 

- Ato contínuo, a persistir esse tipo de aberração, foi o que aconteceu com o museu imperial do rio de janeiro destruído pelo fogo e a nossa ferrovia está sendo destruída pelo grupo político e econômico que na cidade está e que já demonstrou que não tem afinidade nenhuma com a cultura, atestam dirigentes da AMMA.

 

Por conta e risco desse desrespeito ao povo rondoniense, denúncias já protocoladas no Ministério Público federal evidenciam que portarias fabricadas pela própria superintendência do patrimônio da União de Rondônia (SPU), “vêm desrespeitando a portaria de tombamento n° 231/2007, respaldando uma obra eivada de vícios e irregularidades”.

 

Neste triste panorama, a associação do patrimônio histórico do estado de Rondônia e amigos da Madeira Mamoré (AMMA), “repudia todos os atos de destruição da ferrovia e informa à população de Porto Velho a se manifestar contra mais esse golpe que está sendo aplicado contra toda a nossa história, e vem exigir que esse projeto milionário seja executado do pátio ferroviário até Santo Antônio, conforme a legislação de proteção ao bem tombado”.

 

Desde a desativação da ferrovia, grande parte do patrimônio da EFMM vem sendo sucateado, tanto pela alterações de leis, como por pessoas inescrupulosas que teimam em pilhar, roubar e sequestrar o bem público, reafirmaram dirigentes da amma.

 

Inúmeras denúncias de roubos de peças foram feitas as autoridades, a exemplo, dos muitos quilômetros de trilhos que desapareceram; como também sinos, roldanas, engrenagens, vagão, e acervos ferroviários que hoje não existem mais, mas até agora nada foi resposto nem encontrado. 

 

Entenda o caso – a Estrada de Ferro Madeira Mamoré é tombada pela constituição do estado de Rondônia até a cidade de Guajará-Mirim (366 km), portanto, quem deveria arcar com a maior responsabilidade e zelo sobre ela é o governo do estado de Rondônia. Porém, a prefeitura de Porto Velho é, simplesmente uma “permissionária”, respaldada apenas por uma portaria “fabricada” à revelia do tombamento e preservação.

 

Fonte: AMMA

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