Cineamazônia leva cinema para comunidade Israelita da Bolívia

Cineamazônia leva cinema para comunidade Israelita da Bolívia

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Foto: Divulgação

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A maior concentração de botos em toda itinerância do rio Guaporé. O comentário era repetido por quase todos os integrantes do Cineamazônia Itinerante durante todo o dia 27 de julho, quando a expedição cultural fluvial chegou à localidade boliviana de Mateguá, depois da apresentação feita na noite anterior na comunidade quilombola de Pedras Negras.

Em Mateguá vive a comunidade Israelita, um grupo religioso que segue as diretrizes dos 10 mandamentos do Velho Testamento. É uma comunidade onde os homens usam longas barbas e cabelos e as mulheres protegem a cabeça com véus.

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Essa comunidade compareceu em peso à sessão do Cineamazônia. Chegavam iluminando o caminho com lanternas numa bela imagem proporcionada à escuridão da noite. Antes, no período da tarde, quatro jovens moradores da comunidade participaram da oficina de fotografia artesanal ministrada pela fotógrafa Bete Bullara e pelo menos dez crianças foram protagonistas do curta-metragem em animação de Pixilation ‘Animando Mateguá’, dirigida por Christian Ritse, dentro do projeto Animando Amazônia.

Um dos líderes da comunidade, Simão Flores, foi o personagem do projeto Museus Vivos, que busca, em cada localidade alcançada pelo Cineamazônia, registrar a história de um morador. Simão Flores nasceu em Cochabamba e há pouco mais de cinco anos vive em Mateguá. Tem na trajetória local, um fato que chama a atenção de todos os visitantes. Enfrentou uma onça com as próprias mãos. O troféu da contenda, o couro da cabeça da onça foi levado como souvenir por uma turista.

Simão Flores diz que a comunidade precisa de duas coisas básicas. Um posto de saúde e uma escola que chegue a estágios mais avançados, alcançando o segundo grau, por exemplo.

À noite Flores fazia parte, junto com a família, do público que prestigiou a exibição de filmes e a apresentação dos palhaços Cotonete e Chiquita.

Foi uma sessão diferente. Antes das exibições, uma jovem local, Daniela Mayda, cantou um hino religioso dos Israelitas.

Ainda no barco, a artista Geisa Helena, já com a indumentária de palhaça, observava a cantora. Geisa e Alexandre, o palhaço Cotonete, aguardavam com certa expectativa o momento de adentrar o picadeiro. Até então nessa itinerância, a dupla ainda não tinha se apresentado a uma comunidade religiosa e não sabia qual seria a reação.

“É um momento de certa tensão, antes das apresentações. Fico ansiosa, imaginando como o público vai reagir”, dizia Geisa antes de entrar em cena. “A gente tá adaptando tudo, percebendo que de um lado a outro da fronteira são diferentes sensos de humor”, complementou Alexandre. Para os dois, a experiência na itinerância tem sido a mais radical até agora na carreira deles. “Tem sido um aprendizado diário”, complementa Geisa Helena.

A preocupação se mostrou em vão. O público reagiu muito bem às cenas e esquetes e a participação das crianças foi intensa.

Cineamazonia, 14a EDIÇÃO, tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet. Apoio Cultural da Prefeitura de Porto Velho, através da SEMA

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