Pessoas sem convite e imprensa em pé marcam inauguração do teatro estadual

Com acomodação para 236 pessoas o teatro peca pela pobre decoração artística, já que trata se de um espaço para divulgação e celebração da cultura, além de problemas encontrados na acessibilidade para deficientes físicos.

Pessoas sem convite e imprensa em pé marcam inauguração do teatro estadual

Foto: Divulgação

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Após uma espera de 19 anos, o Teatro Estadual Palácio das Artes Rondônia foi aberto ao público neste último sábado (20).

Em cartaz a peça A Falecida, de Nelson Rodrigues, com atores de renome internacional, entre eles, Lucélia Santos, Walter Breda e Eduardo Silva. Uma equipe de teatro formada por atores globais que fazem parte da Companhia Paulista de Artes.

A apresentação conta a história de Zumira e Tuninho, uma moradora da região suburbana do Rio de Janeiro e seu marido desempregado e fanático pelo Vasco.

A trama se desenvolve em torno da oscilação de personalidade da protagonista, que representa a típica mulher simplória que acompanha a vida dos vizinhos e dos amigos do marido.

O contexto da história faz uma sátira à realidade carioca, de forma sutil e engraçada, mostrando os entrelaços do futebol e da sociedade brasileira.

O dramaturgo, Nelson Rodrigues, apaixonado por futebol, tinha como objetivo exaltar o cotidiano popular brasileiro, visto isso, o cenário se passa entre campo de futebol e funerária.

Os convites

A distribuição de ingressos para o público comum estava marcado para uma hora antes do espetáculo, que começaria às 20h, e aconteceu às 18h.

Devido a falta de informação adequada e organização na distribuição dos convites dezenas de pessoas ficaram ao lado de fora do teatro.

Entre os “excluídos” da primeira peça aberta do teatro estadual, estavam representantes de associações e ONGs. Profissionais de imprensa tiveram de assistir a peça em pé, pois não havia espaço direcionado para os profissionais da comunicação, fato que impossibilita o desempenho do trabalho de análise critica referente a peça em cartaz.

O Guaporé

Inaugurado na sexta-feira (19) em uma solenidade promovida para autoridades politicas e parceiros da cultura, o teatro o Guaporé, é uma extensão do Palácio das Artes.

Com acomodação para 236 pessoas o teatro peca pela pobre decoração artística, já que trata se de um espaço para divulgação e celebração da cultura, além de problemas encontrados na acessibilidade para deficientes físicos.

Em obras desde o ano de 2007, o teatro Palácio das Artes já custou mais de R$ 13 milhões aos cofres do estado de Rondônia.

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