Momento Lítero Cultural Nº 76 - Por Selmo Vasconcellos

Momento Lítero Cultural Nº 76 - Por Selmo Vasconcellos

Momento Lítero Cultural Nº 76 - Por Selmo Vasconcellos

Foto: Divulgação

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*Selmo Vasconcellos - Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. www.selmovasconcellos.zip.net.b *- *ROSELI SOUSA *- *Roseli Sousa é integrante da Malta de Poetas Folhas e Ervas e faz interferências poéticas em diversos espaços culturais da cidade há mais de vinte e quatro anos. É mestra em educação e atua com pesquisa em arte. Tem inúmeros livros publicados entre eles: Poesia e Realidade (1990), Os Dragões que Passeiam em Minha Língua (1993); Ave Noturna. Um vôo sobre o Abismo(1999) e A Chave da Porta da Poesia (2004). Na marginal DESsa lua somos sua face obscura quando a manhã nos AfRonta outra lua aMANnhece margineanDO nossas Outras fases MEDOnhas como quem quer ser margiras (sós). *- *##### *- *MÔNICA DE CATELLA *- *No porão *- *Muitas vezes, *me trancaram no porão. *- *Ratos passavam. *Pensamentos, *me atormentavam. *- *Mas, no porão, *o tempo não passava. *- *Ao fim do mês, *o salário vinha. *A limpeza do porão, *era minha. *Mas, patrão, *conhecido, *eu não tinha. *- *O porão, pintei. *Livros, alinhei. *Ratos, espantei. *- *Mas, quando disse *que já estava até gostando, *do lugar onde andavam me trancando, *me transferiram. *- *Limpe mais ou menos, *seus infernos. *Se virarem céus, *botarão novos internos.... *##### *REGINA POUCHAIN *- *Regina Pouchain é carioca, poeta, designer gráfica, artista intermídia. Formada em Filosofia, publicou Partitura Maghinética, Gôngora Minax (Poemas Silabários- experimentais), Flor-Titâneo entre outros títulos. Editora do fanzine gráfico Sulfato Ferroso, atualmente organiza um arquivo de Poemas Visuais, arquivo do Poema Processo trabalhando com Poemas Matemáticos e em co-autoria com o poeta Wlademir Dias-Pino “Contrapoemas” – fusão cibernética entre palavra e imagem. Mantém na internete os blogs “Sophotos” e “Lambuja” – poemas visuais. Presente em vários sites da internete. *- *FLOR-TITÂNIO *- *manhãs que crescem com a flor letal *amor estrangulado em âmbar *delírio de fogo que se encarna *a voz minúscula que brota dos interstícios da terra *corpo alterado, sofrimento retroativo *azul alarme, um piano irrompe *cidades agudas sangram alumínio *memórias agarradas ao que cavam *- *sonora mulher nanquim *sob o silêncio desse ínfimo sábado *- *- *um derrame de mar vertical *musa de areia pilhada *a boca engole o mergulho *no alvo das imagens coagidas *coração pedra-pomes *a ânsia do magma invertido *feridas visuais, legendas átonas *o sol sabe consolar-se *- *dor de guardar, alta, intacta *um cavalo de fogo desce a colina *- *- *em chamas emparedada *o amor é cítrico *desligar é construir mundos *minúscula paisagem,ostentação simétrica *luz da febre, casas de sal *o cinza céu-da-boca da janela *saara silêncio, sementes que desistem *o mercúrio que sara o bote *- *eu, carne de papel, sangue de imagens, *cérebro capitular *- *- *farpas invadem o poema *musa-clorofila atarantada *todos os dias, entra em casa, para sempre *fraturas do vento abissal *o objeto revela civilizações *roma cidade-cemitério *na enlaçada volumetria do teu corpo *e o que nos abre em dois *- *o homem, um hiato entre duas dores: *nascimento e morte *- *- *sinais-reflexos irrefutáveis *deserto e movimentação errática *mundo estrábico, excesso vocal peremptório *turquesa fraturada sem rumo *silêncio audacioso e pétreo *os homens e seus confins *ruptura concêntrica *a loucura que em nós exubera *cerne de mim, intangível a mim *- *beijo as estepes de meus sonhos *geológicos *- *- *um relógio transtornado *riso de calcário, boca de enxofre *a força íntima da minha substância *prazer: espiral do vinho que me lava *o *vôo e a nervura das trilhas *ser intransferível, compartilhar-me *carne que se engana, instinto que se revolve *no sal e no açúcar de mim *transito a luz dos vaga-lumes, nado rios de cristal *- *peixes que desistem dos cardumes *as pedras só esperam o sol *- *#### *- *ELAINE PAUVOLID *- *Elaine Pauvolid é carioca, de 1970. Ganhadora do prêmio Biguá, concedido pela SADE - Sociedade Argentina de Escritores, de 2006, por ocasião do II Encuentro de Poetas Latinoamericanos que aconteceu em Vila María, Córdoba, Argentina, nos dias 13, 14 e 15 de outubro, do qual participou na qualidade de convidada especial. *- *Poema pintado com assinatura no quadro do artista plástico José Maria Dias da Cruz, na exposição Brasil em 15 minutos, Galeria 90, em março de 2007. *- *Estudante de artes plásticas da Escola de Arte Visuais do Parque Lage desde 2003, tendo estudado com Suzana Queiroga - Pintura; Chico Cunha – Pintura; Annabella Geiger e Fernando Cocchiarale - curso teórico de arte e filosofia; José Maria Dias da Cruz- Pintura. Atualmente estuda com Manoel Fernandes, no curso de modelo vivo na EAV- Escola de Arte Visuais do Parque Lage. *- *Desde 2006 mantém o blog Confidências de Jokasta, com registro de domínio www.jokasta.org onde tenta aliar os trabalhos de artes plásticas, poesia e prosa. *- *Em 2006 concluiu curso técnico de Design Gráfico no SENAC-RIO DE JANEIRO. *- *Participou da Antologia COMO ANGELES EN LLAMAS / Algunas voces latinoamericanas del S. XX. / Selección. -- Editorial Maribelina, sello de la Casa del Poeta Peruano / Lima (abril/2004 - Uruguay). *- *Sua poética foi analisada no livro Além do cânone. Vozes femininas cariocas estreantes na poesia dos anos 90., organizado por Helena Parente Cunha, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,2004. *- *Em 2003, juntamente com os poetas Márcio Catunda, Ricardo Alfaya, Tanussi Cardoso e Thereza Christina Rocque da Moota, lançou o livro Rios, pela Ibis Libris. *- *Seu segundo livro chama-se Trago (edição artesanal da autora, 2002), prefácio de Gerardo Mello Mourão, foi lançado no evento ConVerso no Café,coordenado pelo grupo Poesia Simplesmente, no Café do teatro Glacio Gil. *- *Possui contos publicados em algumas antologias e em sites na internet. *- *Em 2000, passou a colaborar com crônicas para o Jornal da Tarde de São Paulo, na coluna Arte pela Arte de editoria de José Nêumanne Pinto, como freelancer. Escreveu vários prefácios publicados. Participou ativamente dos recitais de poesia no Rio de Janeiro. Idealizou e organizou o Sarau do João do Rio, com apoio da livraria homônima, evento de periodicidade semanal, que englobava a prosa e a poesia. Desenvolveu o projeto Novos Sentidos, que incluía recitais em diversas locações com o restaurante Xalan, no Catete e a Livraria Berinjela, no Centro. Edita a revista eletrônica de cultura, Aliás. www.aliasrevista.net *- *A partir de 1999, tornou-se ensaísta freelancer e publicou resenhas no Jornal do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil e na revista Poesia para Todos (Galo Branco). Atividade a qual se dedica até hoje *- *Em 1998, estreou como poeta com Brindei com mão serenata o sonho que tive durante minha noite-estrela... (Imprimatur/7 Letras). *- *Funcionária pública federal por concurso público desde 1995. *- *Bacharel em Psicologia pela UFF em 1994. *- *O raio das horas *- *Gritos e latidos, relatos inscritos *na tarde sem sobressalto. *Abrem-se janelas, rogam a Deus, *receio dos homens em luta serena. *- *Em algum recanto, longe do aquário *esbravejam venenos, interesses novos *renascem, não tão novos, *por um largo espaço ainda é tarde. *- *As chaleiras e os bules exalam *o morno da boa vontade *o sino também se dobra à vontade *da noite e das estrelas que não tardam *a espionagem da cidade *nos piscas-piscas dos seus olhos, flashs *que gravam mortes, assaltos *e deixam para a tarde os amores, *os sorrisos e os calores *porque a praça está deserta. *- *Um e outro homem, uma mulher *passeiam seus cães, *os namorados se escondem nos motéis. *Os bêbados perambulam. *Os mendigos não dormem nos bancos, *estão acordados pela noite *e escorrem por longo espaço *até o sol espargir seus raios *tirando o sono dos pássaros. *- *##### *CARMEN MORENO *- *Carmen Moreno, escritora e professora carioca, recebeu 19 prêmios em diversos gêneros literários. Contista, romancista, poeta e dramaturga. Concluiu os cursos de Bacharelado em Artes Cênicas e Licenciatura em Educação Artística, ambos pela UNI-RIO. *- *PUBLICOU: O Primeiro Crime, (romance policial), inserido na coleção Elas São de Morte, ed. Rocco, 2003; Diário de Luas, (romance), finalista da 5ª Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, ed. Rocco, 1995; Sutilezas do Grito, (contos), ed. Rocco, 1997; O Estranho, (contos), ed. Fivestar, 2006. Seu trabalho integra a coletânea de contos Mais 30 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira, org. Luiz Ruffato, ed. Record, 2005. A Erosão de Eros (dramaturgia), ed. RioArte, 1996, recebeu Menção Honrosa no Concurso Literário Stanislaw Ponte Preta. O texto participou de ciclos de leituras em teatros da cidade do Rio de Janeiro, e foi encenado em 2004. De Cama e Cortes, ed. UERJ, 1993; Rubro, 1983 e Beijo de Cobra, 1985 (poesia), edições da Autora. Seus poemas integram várias coletâneas, entre elas a Antologia da Nova Poesia Brasileira, organizada por Olga Savary, ed. Hipocampo, 1992, e a revista Poesia Sempre (nº 21), ed. Biblioteca Nacional, 2006. Livros inéditos: A Formatura do Burro (infanto-juvenil), finalista do Prêmio Carioquinha de Literatura 2000, Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro; Língua de Mulher (poesia) e A vida que se vê – crescer pelo autoconhecimento. *- *PRINCIPAIS PREMIAÇÕES: Prêmio Casa da América Latina (Concurso de Contos Guimarães Rosa 2003), promovido pela Rádio França Internacional, Paris; Bolsa de Incentivo ao Escritor Brasileiro, categoria poesia, pelo livro Língua de Mulher, MINC/ Biblioteca Nacional, 1994; Prêmio de Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos de Longa-Metragem (1ª fase: Argumento), MINC/ Secretaria do Audiovisual, 2001 - o roteiro A Delicadeza das Facas é uma adaptação, realizada pela autora, do romance Diário de Luas, acima citado. O livro e a obra da escritora foram tema do mestrado de Lilian Gonçalves de Andrade: “Diário de Luas: um Künstlerroman no universo literário de Carmen Moreno”, sob orientação da Profª Drª Eliane T. A. Campello, da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS, 2006. *- *POEMAS ENCENADOS nos espetáculos Amor Feminino Plural, protagonizado por Maria Pompeu e dirigido por Mônica Alvarenga (2002 – 2005) - Ambulâncias na Contramão; O Último Bolero, 1995 e Palavra de Ator, 1993 - dirigidos por Márcio Vianna. *- *A escritora participa, desde a década de 80, de recitais de poesia em inúmeros espaços culturais daPcidade do Rio de Janeiro, tais como: Poesia na Praia, Posto 9, Ipanema; Poesia no parque Lage; Arte Contemporânea na ABL; Fórum Poesia, UFRJ, Terça ConVerso no Café, Teatro Glaucio Gill, Jirau de Poesia, Bienal do Livro, entre outros. *- *LECIONA Artes Cênicas em escola da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, onde também trabalha como Professora Regente da Sala de Leitura, desenvolvendo projetos culturais (1995-06). Lecionou Oficina do Humor (criação literária e outras expressões artísticas), na Universidade Estácio de Sá, curso de Propaganda e Marketing – Politécnico (1999-03); Lecionou Teatro e Criação Literária, para professores da Fundação Municipal de Educação de Niterói (1992-94); Trabalhou para o PROLER (Programa Nacional de Incentivo à Leitura), utilizando técnicas teatrais, MINC/ Biblioteca Nacional, 1995. Ministrou a oficina literária Ler o Ser, no XVI Imagem Meio e Reflexo, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (2005). Participou como palestrante dos eventos: XIV Congresso Brasileiro de Poesia e XIV Encontro Latino-Americano de Casas de Poetas, Bento Gonçalves/ RS. *- *Referências à Autora: *- *Enciclopédia da Literatura Brasileira, Vol.II (Afrânio Coutinho J. Galante de Sousa), 2ª Ed., Coord.: Graça Coutinho e Rita Moutinho. MINC/ Biblioteca Nacional/ DNL. São Paulo, 2001. *- *www.klickescritores.com.br *www.acd.ufrj.br/pacc *www.rocco.com.br *www.kuhner.com.br/catalogo/ (Catálogo Brasileiro de Dramaturgia) *- *AINDA *- *Dizer urgente do amor *Ao amante *Antes que se quebre *O tempo *E os ouvidos – *Dissolvidos na terra *Não apreciem mais *A carícia das sílabas *- *Antes que as mãos *Tímidas de dar *Cessem de vez *Os movimentos *E todos os gestos *Virem ossos *- *Dizer urgente ao amigo *O valor do vínculo *Que só o amigo costura *Só o amigo cozeduras *Cozimentos cerziduras *Que só o amigo estanca *Os sangramentos *- *Dizer urgente do amor *Sem resistências *Antes que a língua *De súbito se cale *E o amor – *Preso por reticências *Maledicências *Medos mágoas *Role pelos ralos *- *Antes que o amor *Quedado pela foice *Faça da palavra não dita *Eterno açoite *##### *ANTÔNIA MAGALI GUIDUGLI *Poços de Caldas, MG. *- *Errante *- *Pseudônimo: Castro e Souza *- *Caminheiro viajante, *Caminhante viajor, *Tu que viajas caminhando errante *Errando pela vida buscando acertar. *Tu que te perdes por extintos caminhos, *Obedecendo ao instinto de sempre caminhar, *Procurando pelos caminhos, *carinhos, para por amor trocar. *Diga-me, caminheiro viajante, *Viajor caminhante das ilusões deste mundo. *Que labirinto é este em que estou a me enredar. *Diga-me, tu que já caminhas a mais tempo que eu, *Se acaso não maldisseste o destino, *De jamais ter podido parar. *Quisera saber de ti, amante de trilhas nunca dantes caminhadas, *Onde ficou a esperança que comigo já não caminha mais. *Onde foi que a perdi ou de mim se perdeu. *Quisera saber dos anos que os anos marcaram *Porque deixou em seu lugar esta saudade *perturbando minha paz. *- *Diga-me, tu que segues por estradas tão diversas e adversas, *Porque tanta pressa, se nada ou ninguém tens a te esperar? *Diga-me, viajante do amor perdido, tu que por tantas tristezas passou *E tantas por ti viu passar, *Diga-me se em meio a tantas voltas, *Algum dia a gente volta pelos caminhos *Que não se traçou. *Diga-me, amigo caminhante, que por errados caminhos já errou, *Em que lugar mora a felicidade que comigo ainda não cruzou. *###
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