No caminho tudo parecia novidade, um verdadeiro comboio de carros seguia pela Campos Sales, rumo ao Bairro Conceição, nada de anormal se dentro destes carros não tivessem Cineastas, Produtores, Diretores, Atores e Alunos de Cinema, era o Cinema a caminho do Terreiro.
*Lá outra surpresa, a casa de Oxossi estava lotada, mais de 200 pessoas se aglomeravam a espera da estréia de Cidade das Mulheres, olhares de ansiedade, de felicidade, da verdadeira alegria em receber a arte.
Luz, Câmera, Ação!
*Lazaro Faria é recebido com glamour pelos filhos de Pai Marconi que abre sua casa para a grande festa.
*Pessoas vestidas a caráter, saias devidamente engomadas, panos da costa floridos, belíssimos ojás enfeitam as cabeças, os pés descalços tocando a Terra, é Gente, é Terra e Gente no Terreiro do Pai Marconi.
*É Terra e Gente no terreiro!
*Além dos filhos de Santo, Iaôs de outros terreiros comparecem, doutores da Universidade Federal de Rondônia se fazem presentes, representantes da Gerência Norte da Petrobrás parecem extasiados diante da forma que são recepcionados, começa a rodar o filme, entra em cena talvez um pouco de cada mulher ali presente, unidas por um mesmo ideal, defensoras “natas” de uma crença, portadoras reais da fé e a reação pelo documentário é fantástica, as pessoas se mexem nas cadeiras como se convidados pelo toque dos atabaques, Ogãns fazem as honras da casa, as pessoas se emocionam.
O CineAmazônia está em festa.
*Sarava Terra!
*Sarava Gente!
*Olhando por outro aspecto vimos o quanto é possível transformar as coisas através da Arte, do Cinema, de repente o CineAmazônia através de uma ação oportuniza um momento de emoção a pessoas que do Cinema não tem acesso, oportunizam que a emoção floresça e que todos se envolvam, a “Gente” do terreiro emociona o Diretor Lazaro Faria que ao produzir Cidade das Mulheres sonhava em viver momentos como este, “um momento ímpar que vou carregar comigo” diz Lázaro.
*O CineAmazônia está abençoado!
*Axé minha Terra, axé minha Gente!