O cineasta Hermano Penna é um dos homenageados do III Cineamazônia - Foto

Da Redação

25 de Outubro de 2007 às 10:03

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O cineasta Hermano Penna é um dos homenageados do III Cineamazônia - Foto

Foto: Divulgação

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* O cineasta Hermano Penna, um dos homenageados do III CINEAMAZÔNIA – Mostra de Cinema e Vídeo Ambiental, tem sua trajetória ligada aos problemas da região amazônica, aos conflitos políticos e sociais que ocorreram no país nas três últimas décadas. * Quatro de seus filmes serão exibidos durante o evento, para que o grande público e as novas gerações possam conhecer o trabalho do diretor que vem alertando há tempos os problemas que ocorrem nos rincões do Brasil. * Filmado em 35mm “Mário”, de 1999, mostra a saga do personagem título em busca de si mesmo. Após largar a grande metrópole, Mário, escolhendo ao acaso um lugar qualquer no mapa, o jovem médico se vê em plena Amazônia, tão agitada quanto a grande cidade que deixou para trás. Seguindo os personagens – aventureiros, posseiros, índios, garimpeiros, pistoleiros que vivem a violência da ocupação amazônica, conhece Jasão, acompanhando-o numa jornada arriscada e ilegal. Ao se ver sozinho após a morte do novo amigo, Mário encontra-se com si mesmo no meio da imensa floresta e faz uma escolha. * Outra obra de Hermano Penna que será exibida durante o III CINEAMAZÔNIA – Mostra de Cinema e Vídeo Ambiental, será “Fronteira das Almas”, de 1983, que retrata a história de milhões de brasileiros que, desde a década de 1970, vêm ocupando e transformando a região amazônica, trazendo à reflexão os imensos contrastes e contradições que fizeram – e fazem, o Brasil de hoje. O filme foi totalmente rodado no estado de Rondônia, e no seu elenco estão atores regionais. * Baseado na obra de João Ubaldo Ribeiro, o filme “Sargento Getúlio”, de 1987, tem o personagem título interpretado por Lima Duarte, cuja missão, a de levar um prisioneiro político no final da década de 1940 de Paulo Afonso à Aracaju, em um carro velho e em uma estrada péssima, a se transformar numa luta interna. Durante todo o percurso, o preso e o motorista ouvem Getúlio falar sem parar, mas no meio do caminho, em virtude de uma mudança no panorama político, recebe uma contra-ordem para soltar o prisioneiro, mas seu temperamento avesso às mudanças decide terminar a missão, que lhe foi confiada, mesmo que tenha de matar para completá-la. * Retratando também um panorama político mais recente “Vôo Cego Rumo ao Sul”, de 2004, baseado no texto homônimo do escritor Sinval Medina é uma história de viagem. Em um velho carro caindo aos pedaços, quatro jovens militantes partem do Rio de Janeiro no final da tarde de 1º de abril de 1964 rumo ao sul do país. Eles são Aníbal, Sargento, Abílio e Ribamar, a “armada Brancaleone”, e estão desiludidos com qualquer possibilidade de reação na Guanabara. Decididos a chegar a Porto Alegre - depois de ouvirem no rádio a convocação de Brizola e a notícia de que Jango estaria indo para lá armar a resistência -, enfrentam inúmeros problemas por conta do carro velho de Aníbal e outros acontecimentos inesperados e insólitos no trajeto. Um road movie que mostra a ingenuidade e o entusiasmo desses jovens personagens, tão iguais a qualquer jovem de ontem, de hoje e sempre. * A exibição dos filmes e a homenagem a Hermano Penna acontecem durante o III CINEAMAZÔNIA – Mostra de Cinema e Vídeo Ambiental. De 16 a 19 de novembro em Porto Velho, Rondônia.

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