RETRÔ 2005 - Alguns filmes que marcaram e valem à pena - Por Marcos Souza

RETRÔ 2005 - Alguns filmes que marcaram e valem à pena - Por Marcos Souza

RETRÔ 2005 - Alguns filmes que marcaram e valem à pena - Por Marcos Souza

Foto: Divulgação

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* Por Marcos Souza *Casa de Areia – Confesso que levei um susto ao ver o filme em cartaz no Cine Veneza, mas com fé e coragem fui assisti-lo numa sessão magra, com pouca gente. Tenho uma admiração grande pelo trabalho do cineasta Andrucha Waddington (o mesmo diretor de “Eu, tu, eles”) e apesar do filme ter sido um fracasso de bilheteria, aliás num ano muito fraco para o cinema brasileiro, estava curioso em ver as Fernandas, Montenegro e Torres, mãe e filha, em ação. Vou ser sincero achei o filme chato, lento e onírico demais, mas no bom sentido o achei incrivelmente belo e instigante. O Filme que inicia sua história em 1910 narra a história de uma mulher que se muda para as dunas dos lençóis de areia do Maranhão com a mãe, e passa a sua vida ali naquele ambiente aberto, mas claustrofóbico e ao mesmo tempo passa situações limites que são vividas na alma, na busca de um sentido humano que fica ligada ao ambiente em que vive, numa metáfora óbvia, mas muito interessante entre o processo de viver e as suas rugas de aprendizado interior. Tudo medido numa linguagem contemplantiva, que por vezes satura, mas faz parte do processo imposto à história e aos personagens, por isso mesmo é um filme para poucos, mas muito bonito, a fotografia é espetacular e nunca se viu tantas dunas num filme, e filmadas de maneira tão lírica. Não está entre os melhores do ano, mas vale ser revisto. *Harry Potter e o Cálice de Fogo - Não sou fã do bruxinho mais popular do mundo, li dois livros da série e os achei divertidos, mas não a ponto de adorá-los ou criar “irmandandes” . No cinema a série nunca me empolgou muito, acho os dois primeiros filmes, dirigido por Chris Columbus (“Harry Potter e a pedra filosofal” e “Harry Potter e a câmara secreta”), medianos, mas tenho que confessar que fiquei chocado com o terceiro filme, “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, dirigido pelo mexicano Alfonso Cuáron, com certeza o mais sombrio, ousado e, com certeza, o melhor da série (até o momento), até mesmo porque os personagens principais, o trio de bruxinhos amigos, Harry, Hermione (a menina) e Ron (o ruivinho), são pré-adolescentes e as situações são mais elaboradas, inclusive no vestuário, com o lançamento do quarto filme, agora sob a batuta do inglês Mike Newel, fiquei mais entusiasmado e não me decepcionei, o filme é muito bom, pois o clima permanece sombrio, e as situações impostas dentro da mitologia do personagem central, Harry, atingem um clímax com a presença de Lord Voldermort, o maior vilão da série. Mas o interessante é ver que não só os personagens ganharam mais consistência dramática, como a narrativa prossegue numa seqüência de eventos que vão testando os limites do aprendizado do pequeno bruxo e das pessoas em sua volta. Como escapismo o filme é primoroso, pois além de primar por ótimos efeitos visuais (espetacular as seqüências do campeonato mundial de Quadribol), dá razão a uma história recheada de fantasia e alternativas dramáticas que mexem com as vidas de personagens populares na série, levando num crescendo emocional que deve ser culminado no último filme de "Harry Potter...", que deve ser o sétimo – a autora do personagem, J.K.Rowling já avisou que a série deve terminar no livro sete -. Não esqueçamos que agora Harry é um adolescente e seus hormônios dão sinais claros de vida, o que na magia é algo especial. Como diversão o filme foi um dos melhores de 2005. Até eu, que não sou fã da série, tô gostando, aguardemos o próximo filme, que deve ser lançado em 2007. *Quarteto Fantástico – O Humberto não poupou críticas a essa adaptação dos quadrinhos para o cinema, aliás massacrou legal. Vale ressaltar que os personagens são clássicos da editora Marvel, criados pelo gênio de Stan Lee, o homem que revolucionou os quadrinhos na década de 60, e não acho o filme de todo ruim, o negócio é o diretor Tim Story, que é de lascar. O filme tem um elenco bom, até porque os personagens são mostrados como são nas histórias em quadrinhos, aquilo mesmo: o Tocha Humana é um garotão vaidoso, o Sr. Fantástico é estabanado com a sua vida pessoal, mas é um cientista genial que só pensa em trabalho, o Coisa (o melhor do filme) é descolado e ao mesmo tempo sensível, e, claro, a Mulher Invisível, que não representa tanto o voluntariosismo da atriz Jessica Biel, mas uma mulher forte e preocupada com a família. O personagem que faltou mais consistência e talvez tenha sido uma das falhas do filme é o vilão, o Dr. Destino. Agora o que eu não perdôo nesse tipo de filme são as seqüências de ação, que tem que ser devidamente orquestrada, com a preparação das cenas, com uma boa trilha sonora. O diretor nesse quesito é medíocre, estende demais seqüências que poderiam ser curtas, deixa passar alguns diálogos fora de sintonia com a situação – ainda que o humor presente em algumas cenas salve boa parte do filme – e pra piorar, não sabe criar clímax, deixa tudo como se fosse a emoção de uma montanha-russa desgovernada, ou seja, só cria impacto momentâneo, mas quase tudo esquecível. Repito, o filme não é ruim, mas valia mais cuidado, até porque os personagens têm potencial para um filme na altura de outras produções do gênero, como “Homem-Aranha”, “X-Men” e “Batman – Begin”. *Batman Begins - Circulou na Internet um tempo desse um filme de 10 minutos intitulado “Dead end”, dirigido por Sonny Corolla, um experct em efeitos especiais, onde aparecia o Batman lutando contra o Coringa, um Alien (o mesmo do filme “Alien, o Oitavo Passageiro”) e um Predador (é, aquele mesmo). Os fãs do homem-morcego enlouqueceram, pois o filmete, de produção independente, era a realização de seus sonhos, não só o uniforme do personagem era inteiramente baseado no que foi desenhado por Frank Miller na clássica minissérie “Cavaleiro das Trevas”, como a postura do personagem, até no modo de falar levava a esquecer as encarnações cinematográficas vividas por Michal Keaton, Val Kilmer e George Clooney, o que é melhor enfrentando seu maior vilão e dois ícones pop do cinema de aventura. Pois é, o diretor Christopher Nolan (o mesmo de “Amnésia”) fez o impossível, realizou a versão cinematográfica definitiva do Batman, o filme que apaga de vez da memória dos fãs os quatro filmes (desastrados) já realizado com o personagem e o joga com louvor aos grandes lançamentos do ano passado. O filme conta a origem do personagem, justifica suas ações em combate ao crime, traça um perfil psicológico coerente e mostra que ele pode ser respeitado na sua mitologia emblemática dentro das Histórias em Quadrinhos. Vale lembrar que o roteiro de David S. Goyer (roteirista da série “Blade” e diretor do 3º filme, “Blade, Trinity") para o filme teve como matéria-prima principal o gibi “Batman – Ano Um”, de Frank Miller e David Mazzuchelli. Anote aí: um dos melhores filmes do ano de 2005. * *- Clique os links abaixo e continue se divertindo - * *- Valeu a pena esperar ou para o seu governo o melhor está por vir! - Por Humberto Oliveira *- Se você acha que acabou, se enganou ou as edições especiais do ano em dvd - Por Humberto Oliveira
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