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Por Humberto Oliveira
*Sou da seguinte opinião – Não adianta acender vela pra defunto ruim ou ficar chutando cachorro morto. O negócio é abrir o jogo e como diria um padre celebrando um casamento “fale agora ou cale-se para sempre”. Render-se nunca, retroceder jamais!
*2005 em matéria de cinema em Porto Velho foi um negócio sério. Vejam só a quantidade de filmes ruins ou nem tanto, porém que decepcionaram em quase todos sentidos e que nossos cinemas exibiram sem nenhuma vergonha ou dor na consciência: A sofrível e sem apelo adaptação dos heróis dos quadrinhos QUARTETO FANTÁSTICO – atores inexpressivos, comandados pelo mesmo diretor de TÁXI (o famoso quem mesmo?), um vilão fraquíssimo e um final tirado da manga e de última hora. Não é de todo ruim, mas melhor sorte para a inevitável parte II. Ou você dúvida?
*Quem disse que os gênios não fazem bobagem? Pois bem, Steven Spielberg ficou devendo quando dirigiu o falível A GUERRA DOS MUNDOS (o título deveria ser GUERRA AO MUNDO), e não adianta nada ficar dizendo que a culpa foi do Tom Cruise (mas afinal o que ele podia fazer?). Claro, o filme é bem feito e os efeitos especiais são espetaculares, mas parou por aí. Spielberg tem a chance de se redimir com MUNIQUE.
*Brad Pitt e Angelina Jolie juntos em SR. E SRA. SMITH, filme dirigido por Doug Liman (o mesmo de IDENTIDADE BOURNE) infernizam a vida um do outro quando descobrem que ambos são assassinos profissionais contratados para matar um ao outro. Adivinha o que acontece? Eles brigam, trocam tiros e porradas o filme inteiro e no final, bem se você ainda não assistiu não perdeu nada demais, no entanto, a colação vale a pena se você não for exigente e estiver sem sono. Outro produto tipicamente hollywoodiano, repleto de clichês e metido a engraçadinho. Como passatempo é ótimo. Como cinema é uma porcaria. Adiante.
*Quanto a LENDA DO ZORRO serei curto e grosso – Que falta faz Anthony Hopckins nesta continuação descaradamente caça níquel. O equívoco começa pelo título – A LENDA DO ZORRO - que eu me lembre o personagem de Antonio Bandeiras herdou a máscara de D. Diego (Hopckins) e se passaram apenas dez anos, justamente a idade do filho que teve com Helena (Zeta-Jones). Dez anos é pouco para se transformar em lenda e essa seqüência cumpre pouco quanto ao quesito aventura. Salvam-se algumas peripécias de Alejandro como Zorro, e acaba aí. Ah, quase esqueço de mencionar o vilão, bem, Martin Campbell pegou o primeiro que aceitou o encargo e é o que vemos – um vilão sem carisma. Desta vez a marca do Zorro não convenceu.
*Michael Bay nos brinda com um filme repleto de referências (THX de George Lucas, Metrópolis de Fritz Lang) – A ILHA – é de longe o seu filme que mais parece realmente um filme, no entanto, as tais referências tomam conta do enredo e o que começa bem, de repente Bay perde o controle e lembrando quem é e para quem trabalha, pisa fundo e acelera para transformar o que se supunha uma boa aventura de ficção científica em mais um produto barulhento, exagerado, vazio como é costume dele. Ewan MacGregor se esforça, mas é em vão. Todos sabem disso logo que o filme começa, apenas não queremos acreditar que Michael Bay conseguiu de novo.
*O diretor Ridley Scott merece nosso respeito pela sua filmografia, que inclui clássicos modernos como – ALIEN, O 8º PASSAGEIRO, OS DUELISTAS, BLADE RUNNER, THELMA E LOUISE e escorregões como ATÉ O LIMITE DA HONRA, CHUVA NEGRA, PERIGO NA NOITE e agora esse CRUZADA, que naturalmente ele e os produtores acharam que seria o novo GLADIADOR! Erraram feio. O filme, verdade seja dita, é uma produção de primeira com elenco de primeira e muita ação, mas não tem uma história e pior ainda, ator escolhido para protagonizar CRUZADA, Orlando Bloom (se não fosse o SENHOR DOS ANÉIS tudo seria diferente) não tem pique nem talento para carregar uma superprodução como essa nas costas. O filme naufragou nas bilheterias e dividiu a crítica. Quem sabe se não fosse tão longo e pretensioso a história teria sido outro. CRUZADA não é ruim, mas não empolga e falta algo para que o público sinta empatia, quem sabe talvez um bom roteiro?
*O que se lerá agora pode até parecer heresia, mas você não se sentiu logrado ao assistir A AMEAÇA FANTASMA e O ATAQUE DOS CLONES? Bem, se você é um fanático por STAR WARS, aconselho a parar de ler este artigo agora mesmo, pois não estou a fim de ser atacado por alguém que se sentiu ofendido, e que dominado pelo LADO NEGRO DA FORÇA, resolver acertar contas comigo. No fundo nós sabemos que George Lucas nunca deveria ter inventado mais uma trilogia para STAR WARS. Falando sério – os dois filmes citados no início do parágrafo são de longe os piores já dirigidos por Lucas (exceto o infame A Caravana da Coragem!) e não faz justiça a trilogia original em momento algum. Então chegou o terceiro filme da série – A VINGANÇA DO SITH – esse dá de dez a zero nos dois primeiros, mas tem um grave problema e quase impossível se solucionar, ou seja, nada mais nada menos que o ator que interpreta o personagem principal Anakin Skywalker, que no futuro se transformaria no temido Lord Negro – Darth Vader – é uma nulidade. Zero de expressão e zero de interpretação. Para um personagem tão importante para a história, George Lucas deveria ter escolhido um ator que tivesse talento similar de Ewan MacGregor, que interpretou Ben Kenobi com dignidade e desenvoltura. Com isso o filme perdeu muito do seu impacto. Digo e afirmo – STAR WARS, A VINGANÇA DO SITH tem inúmeras qualidades, mas faltou o principal, um ator de peso para interpretar um dos maiores vilões da história do cinema.
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