Beatriz Santos é uma adolescente de 17 anos apaixonada por arte. Habilidosa com canetinhas e lápis de cor, a menina gosta de desenhar, pintar, ler, assistir desenhos animados, frequentar a igreja e ir à escola - mas, desde o dia 9 deste mês ela não faz nada disso. Após consulta médica, onde descobriu um glaucoma grave, Beatriz lida com uma rotina de dor e urgência. Nesta quinta-feira (11),
Rondoniaovivo ouviu Neiliane Santos, mãe de Beatriz, que fez um apelo à redação do jornal: pediu para publicar uma vaquinha solidária, com objetivo de custear a cirurgia que pode salvar a filha da cegueira.
“Ela nasceu prematura, mas perfeita, com 5 meses e 19 dias. Quando ela completou 3 anos de idade, descobrimos que ela tinha baixa visão. Só enxergava 25% com o olho direito. Começou a usar óculos de grau alto e diariamente faz uso de colírio”, explicou. Os remédios - mais de quatro - são caros e dificilmente acessíveis no SUS. Triplenex, o mais caro deles, custa pelo menos R$ 236,93 em farmácias online. Como para a maior parte das mães solo brasileiras, o alto custo de criar um filho que necessita de cuidados médicos aperta Neiliane.
Medicamentos servem para regular pressão ocular - Acervo pessoal
Aperto específico é o dela e o de sua filha - 57 mmHg, para ser exato. No dia 9, após Beatriz acordar com dor no olho esquerdo, Neiliane à levou para a UPA da zona Leste de Porto Velho, capital de Rondônia. “A pressão do olho dela estava em 57”, relembrou. A média normal de pressão ocular varia de 10 a 21 mmHg. “De lá, prontamente fomos encaminhadas para a oftalmologia do Hospital de Base, onde constataram o glaucoma. Direto, a médica falou que ela precisava de uma cirurgia urgente - e que o SUS não realizava o procedimento em Porto Velho”, continuou a mãe.
Ciclofotocoagulação e implante de drenagem no olho esquerdo são os procedimentos não realizados no sistema público de saúde. Orçados em clínicas particulares, as cirurgias custam R$ 12 mil reais. Ambos reduzem a pressão ocular, evitando a perda da visão. “Não quero dinheiro - só quero que minha filha faça a cirurgia o mais rápido possível”, apelou. Neiliane judicializou o caso, na Defensoria Pública. A vaquinha para salvar a visão de Beatriz é feita via PIX (016.662.682-16 Neiliane Ferreira dos Santos) e os interessados em ajudar podem entrar em contato com a ela no número (69) 8471-5607. “Minha filha ainda tem muita coisa para ver”, finalizou.