Volks interrompe produção e antecipa férias de 11 mil empregados

Conforme nota da empresa, mais de 100 mil veículos deixaram de ser produzidos por causa da falta de peças

Volks interrompe produção e antecipa férias de 11 mil empregados

Foto: Divulgação

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A produção da Volkswagen do Brasil, uma das maiores montadoras de veículos do país, será interrompida temporariamente nas unidades de São José dos Pinhais, Taubaté, Anchieta e a fábrica de motores de São Carlos. Apesar do mercado mais retraído no setor, o motivo não é o desempenho das vendas, mas a falta de peças.

De acordo com nota da montadora, após uma sequência de falhas na entrega dos componentes por parte das fornecedoras Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel, do Grupo Prevent, a Volkswagen decidiu rescindir os contratos. Conforme o comunicado, mais de 100 mil veículos deixaram de ser produzidos em razão do desabastecimento.

Além de encerrar o acordo com o fornecedor, a Volkswagen entrou com recurso na Justiça para recuperar ferramentais que estão nas fábricas do Grupo Prevent. “A retomada das ferramentas de sua propriedade permitirá que a Volkswagen restabeleça seu ritmo normal de produção, possibilitando o funcionamento normal de toda a cadeia produtiva e a tranquilidade de seus empregados e da rede de concessionários”, acrescentou a nota.

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Diante da situação, a montadora antecipou as férias coletivas programadas para outubro. A previsão é que 11 mil de um total de 18 mil empregados permaneçam afastados por um período de três a quatro semanas. Esse é o prazo estimado para que a empresa comece a receber componentes de novos fornecedores.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o aviso de férias que os funcionários estão recebendo indica que elas começarão no próximo dia 16. No começo deste mês, a Volkswagen fechou um acordo com os trabalhadores prevendo a estabilidade no emprego até 2021.

Por meio de nota, o Sindicato da categoria informou que o acordo evitou cerca de 3,6 mil demissões por excesso de empregados. No entanto, foi mantido o processo de abertura de Programa de Demissão Voluntária (PDV), utilização de instrumentos de flexibilidade, como layoff e Programa de Proteção ao Emprego (PPE), além de alterações em cláusulas econômicas.

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