Elon Musk voltou a fazer uma de suas previsões ousadas — e desta vez, sobre o impacto econômico da inteligência artificial. Em uma conversa recente, o bilionário afirmou que o Optimus, robô humanoide desenvolvido pela Tesla, “vai realmente eliminar a pobreza”.
A visão de Musk parte de uma premissa simples: se tarefas físicas, manuais e repetitivas forem totalmente automatizadas por máquinas de baixo custo, a produtividade global aumentaria a um nível nunca visto — reduzindo drasticamente o custo de bens e serviços. Para ele, robôs capazes de trabalhar 24 horas por dia, sem salários, férias ou limitações humanas, criariam uma espécie de “economia da abundância”.
O Optimus, apresentado como protótipo em 2022 e aprimorado desde então, ainda está longe do cenário descrito por Musk. Mas o empresário insiste que os avanços estão acontecendo rapidamente. Em apresentações recentes, o robô já executa movimentos mais fluidos, tarefas de fábrica, organização de objetos e demonstrações de coordenação motora — habilidades essenciais para substituir mão de obra humana em larga escala.
Críticos apontam que a previsão ignora questões práticas: redistribuição de riqueza, regulação, impacto no emprego e a própria capacidade das instituições globais de lidar com mudanças tão bruscas. Musk, porém, sustenta que o problema não será falta de trabalho, mas sim como dividir os frutos da automação. Segundo ele, a solução passaria por uma renda básica universal financiada por ganhos de produtividade.
Ainda não se sabe se o cenário será utópico ou distópico — mas a aposta de Musk coloca o Optimus como peça central em sua narrativa de futuro. E, para o CEO da Tesla, o futuro chega mais rápido do que os governos conseguem reagir.