Estudos recentes em neuropsicologia indicam que pessoas com alto nível de inteligência tendem a perder a paciência com mais facilidade e isso tem relação direta com a forma como seus cérebros funcionam.
Pesquisas mostram que indivíduos com maior atividade cognitiva e consciência situacional processam informações em ritmo muito mais rápido do que a média. O resultado é uma sensibilidade ampliada a ruídos, incoerências, injustiças e comportamentos considerados ilógicos.
“Eles percebem o erro antes dos outros, e isso naturalmente causa frustração”, explica o psicólogo Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional.
Um estudo publicado na revista Personality and Individual Differences aponta que pessoas com QI acima da média também apresentam maior reatividade emocional, especialmente em situações de lentidão, desrespeito ou falhas de comunicação.
Apesar da irritação mais frequente, esses indivíduos costumam desenvolver mecanismos de autocontrole mais eficientes, canalizando a raiva em foco, ironia ou produtividade.
Em resumo, não se trata de impaciência gratuita e sim de uma percepção mais aguçada do mundo. Como dizem alguns especialistas, a inteligência amplia a visão… e, às vezes, perceber demais pode ser um fardo.