A China deu um passo inédito na tecnologia global ao lançar seus primeiros centros de dados submersos no oceano, um projeto que promete mudar a forma como o mundo lida com o consumo de energia e o superaquecimento de servidores.
A iniciativa é liderada pela empresa HiCloud, do grupo Highlander, que instalou o primeiro módulo a 35 metros de profundidade, pesando cerca de 1.400 toneladas. No interior, estão 24 racks com aproximadamente 500 servidores, conectados por cabos de fibra óptica ao continente.
O investimento de 1,6 bilhão de yuans (cerca de US$ 226 milhões) marca o início de uma revolução na infraestrutura digital. O segredo está no uso da temperatura natural da água do mar para resfriar os equipamentos, reduzindo drasticamente o consumo de energia e eliminando a necessidade de sistemas de refrigeração complexos e caros.
Além disso, os data centers operam com mais de 95% de energia renovável, reforçando o compromisso chinês com a sustentabilidade tecnológica.
Com a previsão de instalar 100 módulos semelhantes, o projeto poderá economizar 122 milhões de kWh por ano, evitar o uso de 105 mil toneladas de água doce e poupar 68 mil metros quadrados de terra em comparação aos centros de dados convencionais.
Segundo os engenheiros da HiCloud, a tecnologia já entrou em fase comercial e reduz em até 22,8% o consumo total de energia, praticamente eliminando o impacto ambiental das grandes estruturas terrestres.
Se o plano de expansão se concretizar, o futuro da internet pode literalmente estar submerso — nas profundezas do oceano.