Especialistas orientam a seguir procedimentos corretos para validar o conteúdo. Muita gente ainda acredita que um simples print de conversa é suficiente para servir como prova em um processo judicial. Mas, na prática, a Justiça pode não aceitar esse tipo de registro. Isso porque capturas de tela podem ser facilmente manipuladas, inclusive com o uso de ferramentas de inteligência artificial, e acabam perdendo valor jurídico.
Para que uma conversa seja considerada prova válida, é preciso seguir alguns passos que garantam sua autenticidade e fé pública.
O procedimento mais seguro é exportar a conversa diretamente do aplicativo, como o WhatsApp, e levar o arquivo a um cartório, solicitando uma ata notarial. Nesse documento, o tabelião atesta que o conteúdo foi realmente visualizado e registrado naquele momento, conferindo validade oficial à prova.
Além disso, especialistas recomendam guardar o arquivo original exportado e o comprovante emitido pelo cartório, que poderão ser solicitados em eventual análise judicial.
Uma alternativa mais acessível é o uso de plataformas digitais que oferecem registro online com validade jurídica, como o serviço Verifct. Essas ferramentas certificam o conteúdo de mensagens, prints e páginas da internet, criando um registro com valor legal, muitas vezes por um custo menor do que o de uma ata notarial.
Com o avanço das tecnologias de edição e inteligência artificial, o cuidado com a verificação da autenticidade de provas digitais se tornou ainda mais importante.
Sem o devido registro, uma simples imagem de tela pode ser facilmente questionada — e rejeitada pelo juiz.